Deputados do PCdoB rechaçam MP de Bolsonaro que privatiza Eletrobras
Parlamentares do PCdoB seguem mobilizados contra a privatização da Eletrobras. A Medida Provisória 1031/2021, do presidente Jair Bolsonaro, que propõe a “desestatização” da empresa, está na pauta da Câmara dos Deputados e pode ser votada ainda nesta terça-feira (18). A entrega de mais este patrimônio resultará em prejuízos à soberania nacional e ao povo brasileiro.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), destacou: “A proposta de privatização da Eletrobras de Bolsonaro (MP 1031/21) é quase uma cópia do PL 9463/18, da gestão Temer. Querem vender a empresa por R$ 20 bilhões. Mas a estatal é lucrativa. Gerou R$ 30 bilhões de lucro nos últimos três anos e dividendos bilionários à União. Quem ganha com isso?”.
Renildo lembrou que a Eletrobras, maior empresa de energia da América Latina, “é um instrumento estratégico na política econômica do governo federal. Fornece metade da energia no Brasil, sendo a maior empregadora do setor elétrico. É fundamental na retomada do desenvolvimento do país após a pandemia”.
O deputado concluiu ressaltando que “os brasileiros perdem muito com a privatização da Eletrobras. Infelizmente, não é novidade que o povo sempre paga a conta: tarifas mais caras, desabastecimento e queda na qualidade dos serviços. O apagão no Amapá em 2020 é um exemplo dos prejuízos trazidos pela desestatização”.
O vice-líder do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida (BA), apontou: “Salvar a energia é garantir a soberania da eletricidade em sua casa. A privatização tem preço, e quem paga é você! Estamos mobilizados para barrar esse retrocesso que só nos trará prejuízos”.
Daniel acrescentou que “se aprovarem a MP 1031, a medida vai aprofundar a crise econômica, e o aumento na conta de luz vai impossibilitar que parte da população tenha acesso ao serviço. É por essa e outras razões que somos contra a MP do Apagão”.
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também rechaçou a proposta: “se for aprovada, a MP acarretará em aumento na conta de luz e risco de apagão”. Ela chamou atenção para o fato de que “a privatização da Eletrobras, camuflada de capitalização, entrega para os banqueiros, investidores e grandes empresas internacionais nossos bens mais seguros e rentáveis! Bora pra obstrução! Não à privatização!”.
Alice acrescentou que “a privatização da Eletrobras vai catapultar tarifaços e desemprego. Os apagões, como os que ocorreram no Amapá, com duração de 22 dias, vão se tornar mais frequentes em outros estados. Nossa gente vai rejeitar!”.
Por Priscila Lobregatte