Parlamentares do PCdoB usaram as redes sociais nesta segunda-feira (11) para pressionar  por mais transparência por parte do governo Bolsonaro com gastos do cartão corporativo da presidência da República. Reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo (11), mostra que Bolsonaro gastou, em média, mais que Temer e Dilma com o cartão corporativo. Nos três primeiros meses do ano, segundo informações do Portal da Transparência, foram gastos mais de R$ 3 milhões.

O fato chama especial atenção depois de, em pronunciamento realizado em cadeira nacional, Bolsonaro afirmar que reduz gastos, por exemplo, mudando cardápio ou desligando o sistema do aquecimento da piscina do Planalto – sistema que, conforme apurou a imprensa posteriormente, não é elétrico, mas solar.

A deputada federal Jandira Feghali (RJ) pediu que internautas “ajudem a subir”, ou seja, que tornem mais popular, o pedido “#mostraafaturabolsonaro”.

“Urgente! Bolsonaro torrou quase 4 milhões de reais em 4 meses. Dinheiro público indo para onde mesmo, sr. “paladino da ética”? Queremos saber! STF já derrubou sigilo e exigimos resposta! #mostraafaturabolsonaro”, exigiu a parlamentar, lembrando que no ano passado o Supremo Tribunal Federal determinou o fim do sigilo sobre os cartões, o que não tem sido obedecido pelo Planalto.

Para deputado federal Orlando Silva (SP), os dados revelados pela reportagem mostram o “falso moralismo” do presidente:

“Bolsonaro é um santo do pau oco. O falso moralismo fica escancarado quando se vê a explosão de gastos sigilosos com cartões corporativos. É muita cara de pau! #MostraAFaturaBolsonaro”, tuitou.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) classificou como absurdas as contas do presidente.

“Absurdo! Gastos no cartão corporativo da Presidência da República são o dobro da média dos últimos cinco anos para os meses de janeiro a abril”, afirmou Alice.

Os cartões corporativos do Planalto são usados, entre outras coisas, para pagar abastecimento de veículos, segurança do presidente da República em viagens e manutenção e realização de eventos no Palácio da Alvorada. Como a lista de gastos não é divulgada como deveria, fica impossível saber o peso de cada atividade nas contas mensais da presidência.