Parlamentares do PCdoB reagiram, com indignação, via redes sociais, à notícia, veiculada nesta segunda-feira (7) pelo jornal Folha de S.Paulo, de que o governo Bolsonaro recusou a compra da vacina da Pfizer em 2020, mesmo por metade do valor pago por EUA, União Europeia e Reino Unido. Um dos argumentos usados pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para justificar a não aquisição do imunizante era justamente o preço, que considerou alto.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE), declarou: “Bolsonaro recusou 70 milhões de vacinas da Pfizer pela metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Achou 10 dólares por dose muito caro. Quanto vale a vida de um brasileiro?”.

O vice-líder do partido, deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), destacou que “milhares de vidas foram perdidas porque Bolsonaro optou pela morte. Os prejuízos econômicos também são bilionários. Governo genocida!”.

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também falou sobre o tema: “Se não tivesse recusado as vacinas em agosto do ano passado, até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de dezembro por US$ 10 cada. Isso teria evitado milhares de mortes e os prejuízos provocados pelo fechamento da economia”.

Na mesma linha, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) colocou: “é revoltante saber que as vacinas da Pfizer foram ofertadas pela metade do valor para o Brasil, e mesmo com essa oferta, Bolsonaro recusou. A possibilidade de salvar vidas esteve sob suas mãos, e ele preferiu apostar na imunidade de rebanho e, consequentemente, no genocídio!”.

Jandira Feghali, deputada federal do PCdoB-RJ, salientou: “Seu comércio fechou? Você está desempregado? Seu pai faleceu de Covid? Bolsonaro ignorou 53 e-mails da Pfizer que ofereciam vacinas pela metade do preço pago pelos EUA. É por causa dele que ultrapassamos 470 mil mortos e seguimos com a pandemia descontrolada”.

A deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também criticou a trágica omissão de Bolsonaro: “Num país onde o presidente boicotou a vacina, apostando criminosamente na imunização de rebanho, e recusou vacinas da Pfizer pela metade do preço pago pelos EUA, temos apenas 10,57% da população com a segunda dose da vacina. E olha que somos o país do Butantan e da Fiocruz”.

 

Por Priscila Lobregatte