A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (1º) o uso emergencial da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, pelo consórcio Covax, que distribui imunizantes para mais de 100 países do mundo.

Isso significa que ela teve sua qualidade, segurança e eficácia verificadas. Com base nas evidências disponíveis, a OMS recomenda a Coronavac para adultos de 18 anos ou mais, em um esquema de duas doses com espaçamento de duas a quatro semanas.

Segundo a organização, os estudos mostraram que a vacina preveniu doenças sintomáticas em 51% dos imunizados e casos graves da doença em 100% da população estudada.

A autorização também abre caminho para que brasileiros vacinados com a Coronavac tenham seu acesso facilitado à União Europeia, quando o bloco abrir suas fronteiras para viajantes que partem do Brasil.

O anúncio foi celebrado por parlamentares do PCdoB. A vice-líder da Minoria, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a autorização é um importante passo. “É o primeiro passo para o reconhecimento global da segurança e eficácia da vacina do Butantan no combate à Covid-19. Vamos lá! Rumo à aceitação no consórcio global!”, destacou.

O vice-líder do PCdoB, deputado federal Orlando Silva (SP), além de celebrar o anúncio da OMS, lembrou que o negacionismo do governo Bolsonaro “atrasou a compra de 100 milhões de vacinas do Butantan: “60 milhões teriam chegado em 2020. Vidas seriam salvas”.

Já o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que “enquanto uns seguem defendendo a cloroquina na CPI”, a Coronavac tem seu uso emergencial aprovado. “Vacina salva”, disse em suas redes, em crítica ao depoimento da médica Nise Yamaguchi à CPI da Covid, defensora do uso da cloroquina para “tratamento da Covid” mesmo sem comprovação científica de sua eficácia. O medicamento, inclusive, já foi rejeitado por todas as autoridades internacionais.

A CoronaVac é a sexta vacina a receber aprovação de uso emergencial pela OMS. As outras foram a da Pfizer, a de Oxford/AstraZeneca (inclusive as versões produzidas na União Europeia e pelo Instituto Serum, na Índia), a da Johnson, a da Moderna e a da Sinopharm.

 

Da redação

 

(PL)