Deputados apontam retrocessos cinco anos após golpe contra Dilma
Dia 31 de agosto de 2016. Há exatos cinco anos, o Brasil consolidaria um processo golpista contra a ex-presidente Dilma Rousseff e daria início a uma série de retrocessos, culminando na eleição de Jair Bolsonaro, em 2018.
“Há cinco anos, o Brasil assistia a um dos episódios mais lamentáveis e vergonhosos de toda a história: o golpe que depunha Dilma Rousseff do poder. Um impeachment, que abriu as brechas para que o país avançasse num retrocesso que culminou com a eleição de um genocida”, afirmou o vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Daniel Almeida (BA).
Na data, após mais de três meses da abertura do processo que afastou temporariamente Dilma, o Senado concluiria o julgamento de “cartas marcadas”, em que a decisão já havia sido tomada antes mesmo da aceitação do pedido de impeachment pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), posteriormente preso por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O movimento golpista foi iniciado logo após a eleição presidencial de 2014, vencida por Dilma, e não acatada pelo candidato perdedor Aécio Neves (PSDB-MG).
Para a vice-líder da Minoria, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), este foi um dia nefasto da história do Brasil. “Hoje faz cinco anos que o Senado Federal deu seguimento ao processo de impeachment contra Dilma Rousseff, uma presidenta honesta, e escreveu um capítulo sombrio da história do Brasil”, disse.
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também marcou a data em suas redes sociais. “Hoje, cinco anos depois, as consequências estão aí: um país em crise econômica, sanitária e política. Um país com fome, sem rumo. Lutaremos para que o Brasil supere este momento, retome a democracia e volte a sorrir”, pontuou.
Desde o golpe contra Dilma, os brasileiros já perderam direitos trabalhistas e previdenciários; vivem o impacto da condução negacionista da pandemia do novo coronavírus, que já vitimou quase 600 mil pessoas no país. O Brasil voltou ao Mapa da Fome; vive altas reiteradas dos preços do gás, do combustível, dos alimentos; desemprego; inflação em descontrole; além dos novos ataques ao serviço público e da agenda privatista do atual governo.
Da redação
(PL)