Deputado republicano inimigo do uso de máscara morre de Covid-19
O deputado republicano Herman Cain, 74, que fez questão de ir ao comício de Trump em Tulsa, sem máscara facial e sem se preocupar com distanciamento – como postou nas redes – morreu na quinta-feira (30), vítima de Covid-19. A foto acima é de uma postagem que ele fez da sua presença em Tulsa.
Ele começou a sentir os sintomas do coronavírus nove dias depois do comício de retomada da campanha de rua de Trump.
Como assinalou o comentarista Juan Cole, “ele poderia ter pego isso em qualquer outro lugar, mas o tempo encaixa certinho em Tulsa”.
Ex-pré-candidato presidencial, magnata das pizzas e figura de proa do movimento “Negros Pró Tump”, pouco antes de cair de cama Cain havia tuitado arrogantemente atacando o uso das máscaras faciais.
Quando lançou sua pré-candidatura em 2012, Cain dizia que Mitt Romney “não era conservador o suficiente”. Cain também era muito apreciado nos círculos do Tea Party.
“Cara, você devia ter ouvid a ciência”, lamenta Cole, que destaca o desdém dos republicanos por tudo que atrapalhe os negócios e o viés anti-ciência. O prefeito de Tulsa, George Bynum, também pegou Covid-19 no fatídico comício, mas deu mais sorte.
Trump aproveitou que Cain se finou, para culpar a China. “Ele era uma pessoa muito especial … e desafortunadamente se foi de uma coisa chamada de vírus da China”.
E acrescentou: “nós enviamos nossas preces para a grande esposa de Herman, Gloria … e eu tenho que dizer, a América chora por todos os 150 mil americanos que tiveram sua vida tirada por este horrível e invisível inimigo”.
Já Romney lamentou a triste morte de Cain, dizendo que “logo São Pedro iria ouvi-lo gritar ‘999!’” – a promessa de fazer ricaços e cartéis pagarem a ninharia de 9% de imposto de renda, que fez a fama do ex-pregador batista e ex-apresentador de talk show de rádio.