Gregory Meeks insta pelo fim das restrições que “impõem sofrimento ao povo cubano”

“Peço ao presidente Biden que ajude a aliviar o sofrimento em Cuba, rescindindo as sanções da era Trump”, declarou o democrata Gregory Meeks, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (equivalente a nossa Câmara dos Deputados).

Trump não apenas impôs sanções múltiplas contra Cuba que anularam os pequenos avanços bilaterais feitos durante a presidência de Barack Obama (2009-2017), como também endureceu o embargo econômico dos Estados Unidos à Ilha.

O congressista democrata, que acompanhou Obama em sua visita a Havana em março de 2016, expressou sua rejeição “às sanções cruelmente impostas pelo governo Trump”, afirmou um comunicado de imprensa.

Biden foi consultado na segunda-feira (12) sobre uma mudança na política externa dos Estados Unidos em relação a Cuba, mas o presidente evitou responder diretamente. Há algumas semanas o governo dos EUA votou isolado contra a resolução da ONU condenando o embargo dos EUA. Foram 184 votos a favor, dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstenções (Colômbia, Brasil e Ucrânia).

Silvio Rodriguez

O cantor e compositor cubano Silvio Rodriguez defendeu a soberania e a construção do socialismo em Cuba ainda que reconhecendo que “ainda falta muito” e condenando os que se jogando atrás de migalhas ofertadas pelo Império, correm a lhe prestar serviço.

Esta é a declaração do compositor, que dedicou bela música à Revolução:

“Ao socialismo ainda lhe falta muito. Mas não há mal maior do que o câncer imperial, que devora a vida onde quer que esteja, despojando povos a milhares de quilômetros de suas costas.

“Seus beneficiários são 1%, mas seus adoradores, embora também sejam vítimas, calam-se sobre seus abusos e, nervosos, catam suas migalhas. Eles se sentem seguros sob a sombra imensa da matriz onipotente, e ela toca suas molas e se expressa por meio de suas vozes, telas, pedacinhos de mundo a seu serviço. É lógico que eles não nos suportam, é lógico que ao nos verem resistir, sobreviver e respirar, eles nos enchem de insultos. Escolhemos não ser dóceis assalariados, escolhemos a estrela que ilumina e mata. Que eles assumam sua vergonha”.