Deputada Yolanda Ferrer repele mentiras de eurodeputado contra Cuba
A presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional de Cuba, deputada Yolanda Ferrer, rechaçou declarações provocativas manifestadas pelo seu homólogo do Parlamento Europeu, David McAllister, sobre os acontecimentos de 11 de julho na Ilha, de quem disse “repetir as mensagens da máquina de extrema direita na Flórida” sobre “ditadura”.
Após assinalar a “ignorância, cinismo e má fé” de McAllister sobre o sistema político construído em Cuba desde 1959, a deputada cubana ressaltou que tal imputação “busca ignorar a unidade e o consenso que nos permitiram resistir a seis décadas de agressão da maior potência econômica e militar mundial”.
E que, ao invés disso, culpa Cuba “pelas flagrantes e repetidas violações dos direitos humanos que realmente existem nas sociedades de nossa região, e mesmo na sua, que continua a ser considerada democrática”.
“Cuba é um Estado Socialista de Direito”, sublinhou Yolanda. “Das centenas de assassinados, desaparecidos, mutilados ou estuprados entre cidadãos, ativistas e dirigentes sociais latino-americanos, nenhum é cubano, mesmo em nosso caso tratando-se de agentes a serviço de uma potência estrangeira ou de criminosos vulgares protagonistas de atos de ódio e violência”, destacou.
“Que escola o senhor McAllister frequentou que não entende as estatísticas ou não consegue ler que em Cuba o Estado mostra um esforço exemplar para proteger sua população da pandemia; que, no momento mais complexo Cuba está em 19º lugar nas Américas em total de infectados; que foi capaz de produzir as duas primeiras vacinas latino-americanas para combater a doença; que registra uma taxa de mortalidade entre as mais baixas do planeta: 0,66% ante 2,15% no mundo e 2,61% nas Américas”, ela acrescentou.
Para Yolanda, os termos usados por McAllister não correspondem à realidade prevalecente em Cuba, uma nação que “enfrenta um golpe brando, orquestrado e financiado pelos Estados Unidos para desestabilizar o país”.
Yolanda também convidou McAllister a “ouvir os cidadãos da Europa que se beneficiaram da solidariedade das brigadas médicas cubanas em face da pandemia” – como foi visto na hora mais difícil para a Itália no ano passado.
“McAllister nos acusa de ter um sistema econômico que causa escassez crônica de alimentos, remédios e outros serviços básicos, e depois relembra timidamente as sanções econômicas que representam um desafio ao desenvolvimento de Cuba. Não se atreve a admitir que se trata de uma perseguição econômica, comercial e financeira de caráter genocida, ou que há poucas semanas a Assembleia Geral das Nações Unidas voltou a exigir quase unanimemente o fim do bloqueio imposto pelo governo dos Estados Unidos a Cuba”, sublinhou a presidente da Comissão de Relações Exteriores do parlamento cubano.
Quase encerrando, Yolanda lançou um repto ao deputado europeu: “Ouse, senhor McAllister, defender o direito dos empresários e bancos europeus de negociar livremente com Cuba, impedidos de fazê-lo pelas leis extraterritoriais dos Estados Unidos.”
Ao concluir, Yolanda aconselhou McAllister “se não consegue respeitar a inteligência e a civilidade dos cidadãos da Europa, a não esquecer que o povo cubano sabe fazer-se respeitar”.