Jair Bolsonaro (sem partido)

Além de não governar e de não resolver nenhum problema do país, Jair Bolsonaro decidiu zombar da população brasileira. Em conversa com apoiadores no fim da tarde desta terça-feira (24), na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília, ele disse que “a gasolina tá barata, o gás de cozinha tá barato”. Deve estar barata para ele que não paga sua própria gasolina. Se não for para zombar do povo, essa afirmação só pode significar uma coisa: que ele vai seguir aumentando os preços como tem feito até agora. Afinal, se acha que está barato…

Ao longo de 2021, a gasolina teve nove aumentos de preços com uma alta de 51% e, em alguns lugares, ela já chega a R$ 7 por litro. De acordo com levantamento da da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do litro da gasolina comum na bomba de alguns postos de combustíveis já chega ou ultrapassa os R$ 7 em quatro estados: Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. O gás de cozinha já é vendido acima de R$ 130.

Todos esses aumentos nos preços foram nas refinarias da Petrobrás e foram majorados por Jair Messias Bolsonaro, que mantém essa política absurda de preços da Petrobrás. Mas, como sempre, ele tenta tirar o corpo fora para jogar a culpa da disparada dos preços nos impostos estaduais, isto é, nos governadores. Trata-se de uma falácia pois os impostos estaduais não subiram nada nesse período, e sim o preço dos combustíveis nas refinarias, algo da responsabilidade exclusiva de Bolsonaro e de mais ninguém.

Todas as expectativas para os brasileiros é que haverá mais aumentos. Primeiro, porque, com o fim da pandemia e a retomada das atividades econômicas, o preço do petróleo tem uma tendência de elevação no mercado internacional. Como Bolsonaro é teimoso e mantém o atrelamento do preço interno da gasolina e do diesel ao preço do petróleo, os preços vão continuar subindo no Brasil. É o que estamos vendo, por exemplo, com os alimentos que também estão dolarizados e são definidos nas bolsas de Chicago. Sem estoque regulador – destruído pelo governo – e com os preços altos na exportação, falta comida para os consumidores, o que faz os preços dispararem. Segundo, em razão das insanidades e os transtornos mentais de Bolsonaro, seus ataques às instituições democráticas e suas tentativas permanentes de golpe que provocam ambiente de permanente desestabilização política. Resultado: a fuga de investidores que correm para a “segurança” do dólar. Com a valorização da moeda norte-americana, os preços dos combustíveis e de várias outras commodities, estando atrelados ao dólar, acabam pesando mais no bolso dos brasileiros.

Portanto, atribuir aos governadores a alta dos combustíveis é uma grande falácia – uma mentira, aliás como tudo neste governo, a exemplo do combate à pandemia e da compra de vacinas – só impulsionada pela iniciativa do governo de São Paulo através do Butantan. Não por outro motivo, o enfrentamento da Covid representou, também, uma desmedida mentira, assim como o charlatanismo das drogas ineficazes, defendida por Bolsonaro, que causou muitas mortes no país.

Para agravar ainda mais esse quadro tenebroso, o Ministério de Minas e Energia (MME) de Bolsonaro, por não planejar investimentos que o Brasil precisa e só pensar em vender a Eletrobrás e outras empresas públicas, está penalizando ainda mais os consumidores com preços absurdos da energia elétrica. Atualmente, a tarifa da bandeira vermelha 2, que está em vigor no país, é a mais cara. Desde o começo de julho, o valor foi reajustado em 52%, para R$ 9,49 pelo consumo de 100 kWh. O preço até então era de R$ 6,243. Por causa do desgoverno de Bolsonaro, a inflação esta explodindo e já bate em 8% ao ano