A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) repudiou, em nota, a proposta do governo de conceder 5% de reajuste linear ao funcionalismo, a partir de julho, conforme divulgado na quarta-feira (13).

A associação afirma que a proposta é uma “quebra desleal do compromisso” de Bolsonaro, que, em dezembro, havia prometido aumento salarial aos servidores da segurança pública.

A entidade cita “as diversas perdas sofridas pelos policiais federais durante este governo, que sempre teve entre suas bandeiras a segurança pública”.

“A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifesta sua total indignação e repúdio à notícia de que o Governo Federal não cumprirá com o compromisso firmado pelo presidente da República de promover a reestruturação das forças policiais da União”, diz a nota.

Segundo a ADPF, “até o presente momento, não houve nenhuma ação concreta de respeito ao policial federal que arrisca sua vida no cumprimento do seu dever e não tem nem mesmo assegurada a pensão integral por morte aos seus familiares”.

A nota ressalta ainda que a Associação não se opõe a quaisquer reajustes aos demais servidores públicos, mas que, no entanto, “este Governo não está reconhecendo o sacrifício feito todos os dias pelos Policiais Federais que mesmo durante a pandemia continuaram atuando firmemente e batendo recordes de operações, ainda que com déficit de efetivo, trabalhando em constante sobreaviso, sem assistência psicológica ou sequer plano de saúde implantado”.

E finaliza afirmando que “a Polícia Federal e os policiais federais precisam ser valorizados e a segurança pública tratada efetivamente como prioridade e não objeto de discursos vazios ou um slogan de campanha”.

“Os Delegados Federais não aceitarão calados esse desrespeito!”, afirma a entidade.