No último dia 15 foi lançado por diversas entidades, mas sob a liderança do Conselho Nacional de Saúde, das entidades vinculadas aos profissionais da área da saúde, com apoio de dezenas e centenas de outras entidades, personalidades, parlamentares, políticos, a campanha em defesa da saúde pública no Brasil, a campanha em defesa do SUS, do Sistema Único de Saúde. Uma campanha denominada “O Brasil precisa do SUS”.

Por Vanessa Grazziotin*

Sobre isso eu quero dizer da oportunidade da campanha, mas principalmente da necessidade que temos de envolvermos um número significativo de pessoas, cidadãos, cidadãs, não precisa ser personalidade, não precisa ser sindicalista, não precisa ser dirigente de entidade não precisa ser parlamentar. Todas e todos temos obrigação de entrarmos nessa campanha porque defender o SUS significa defender a própria vida.

Nós vivemos em um país marcado pelas desigualdades sociais e pelas desigualdades regionais. Mas um país que tem talvez a melhor legislação sobre a saúde pública, que garante a integralidade, que garante a universalidade no atendimento. Que garante um atendimento para todas e para todos em todo o território nacional.

Nós percebemos agora durante a pandemia a importância do Sistema Único de Saúde porque quem salvou vidas não foi o sistema privado de saúde. Quem salvou inúmeras e milhares de vidas foi exatamente o SUS. E será esse sistema que vai livrar o Brasil desta pandemia, que vai imunizar a população brasileira contra esse vírus. Portanto repito: defender o SUS é defender a vida. E essa é uma bandeira, uma batalha de todos nós, de todas nós.

E a defesa do SUS é tão importante neste momento exatamente por ela estar sendo golpeada no dia a dia pelo governo Bolsonaro, que age contra a vida das pessoas, que age contra a ciência. No aspecto da vacina nós estamos assistindo o mundo vacinando as pessoas. Países já começaram o processo de vacinação e nós aqui no Brasil sequer um plano de vacinação temos.

O presidente da República passou um vexame porque teve que cumprir ordem judicial. Enviou um plano nacional de imunização que não era um plano nacional de imunização, cujos pesquisadores e profissionais da área da saúde cujas assinaturas constavam no documento vieram a público dizer que aquele não era um plano estabelecido por eles.

Pois bem, defender o SUS, defender a saúde, significa defender a vida e essa é a nossa obrigação. Porque somente assim, com uma grande campanha, nós vamos salvar e aperfeiçoar o Sistema.

E com essa grande campanha também é que nós vamos conseguir que o Brasil, mesmo contra a vontade do presidente, entre o mais rápido possível neste processo de imunização das pessoas. Que é o que nós precisamos para voltar a tal normalidade, para garantir que vidas sejam preservadas e que possamos aplicar de fato um processo de desenvolvimento no nosso país.

 

*Vanessa Grazziotin, ex-senadora (AM), é membro do Comitê Central e secretária de Mulher do PCdoB

 

(PL)