Auxílio emergencial impediu um tombo maior de uma economia já estagnada.

A recessão e a estagnação da economia nos últimos sete anos fizeram com que o brasileiro ficasse 11% mais pobre. De acordo com cálculos da LCA Consultoria, entre 2013 até o final de 2020, o Produto Interno Bruto per capita do país deve recuar 11,3%, passando de R$ 8.519 para R$ 7.559.

A análise da consultoria atribui a situação aos sucessivos e baixos resultados do PIB a partir da crise iniciada ainda durante o governo Dilma, que levou o país à maior recessão da história, iniciada em abril de 2014 até o final de 2016. Em seguida, “o país parou de crescer”, avalia o estudo. Foram três anos de estagnação que precederam a crise agravada pela pandemia da Covid-19.

Para 2020, o estudo tomou como referência a previsão de queda de 5,77% do PIB das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central para elaboração do boletim Focus.

“A realidade é muito mais triste do que apenas esse dado. Nesse período, a média de crescimento do mundo foi de 4% ao ano”, afirma o economista da LCA, Cosmo Donato. “É preciso levar em conta também o que o país deixou de crescer, sobretudo na comparação com os emergentes. O buraco é mais embaixo”.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um ano e sua variação serve de índice de crescimento econômico. O PIB per capita divide essa soma entre a população do país e é usado como um importante termômetro para avaliar a riqueza de uma nação, embora não se relacione com distribuição de renda.