O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) protocolou, nesta quarta-feira (14), o Projeto de Lei 1408/21 como alternativa de alívio financeiro para profissionais que enfrentam dificuldades advindas com a pandemia do coronavírus. “Estamos vivenciando um quadro grave e problemático para a economia e para o emprego”, justifica o parlamentar.

O projeto de lei preconiza a suspensão do pagamento de operações de crédito contraídas com desconto em folha para os trabalhadores que tiveram redução de jornada de trabalho e, por consequência, de salários, enquanto durar a pandemia de Covid-19. De acordo com o texto, débitos de parcelas de operações de empréstimos, de financiamentos, de cartões de crédito e de arrendamento mercantil ficam suspensos.

“Não há outro caminho que não seja procurar reduzir os efeitos desta trágica situação”, defende o parlamentar. “Precisamos aliviar a situação financeira daqueles que tiveram seus salários reduzidos durante esta crise pela qual passamos”, pontua. Daniel também defende o aumento do auxílio emergencial para R$ 600.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego no país atingiu 13,5% em 2020, enquanto em 2019 foi de 11,9%. Ainda segundo a pesquisa, “os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho provocaram alta recorde de desemprego em 20 estados”.

Verificou-se também que as taxas mais altas de desemprego foram registradas no Nordeste, tendo sido a Bahia, com percentual de 19,8%, aquela que teve a maior taxa de desocupação em 2020, seguida de Alagoas, que apresentou 18,6% de desemprego, Sergipe, que registrou 18,4%, e Rio de Janeiro, com a marca de 17,4%.

“O Brasil, que já fora vista como ‘país do futuro’, agora segue com recordes desastrosos. São 14,3 milhões de pessoas desempregadas e temos um auxílio de valor irrisório que não custeia, sequer, uma cesta básica. Precisamos nos mover no sentido de ajudar trabalhadores e trabalhadoras a superar esse período nefasto, e continuar na defesa da ampla vacinação no SUS”, complementa Daniel.

 

(PL)