Deputado Daniel Almeira (PCdoB-BA) defendeu inclusão dos trabalhadores rurais entre aqueles com direito a ajuda emergencial

Nesta sexta-feira (17) é celebrado o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores do Campo. A data marca o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido no sudeste do Pará, em 1996, episódio em que dezenove trabalhadores rurais sem terra foram assassinados.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) tem buscado enfrentar as injustiças suportadas pelos trabalhadores do campo, inclusive neste momento da pandemia do novo coronavírus. Por isso criou a emenda à Medida Provisória nº 936/2020, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

“É preciso garantir uma renda mínima aos trabalhadores rurais, a fim de garantir-lhes a subsistência neste período de calamidade pública. Eles são fundamentais na cadeia produtiva de alimentos e, no entanto, estão sendo esquecidos na edição de medidas compensatórias”, afirma.

São muitos os desafios dos trabalhadores do campo. Membro de Frentes Parlamentares relativas ao trabalho agrícola desde 2011, o deputado defendeu o direito de aposentadoria dos campesinos perante a ameaça da Reforma da Previdência.

“Eu conheço a realidade do trabalhador rural, do homem do campo. 20 anos de comprovação de contribuição e não 15 anos de declaração de atividade rural, o trabalhador fica impossibilitado de se aposentar. Isso é inaceitável”, ressalta.

Os trabalhadores rurais são essenciais no abastecimento de alimentos de todo o país. Segundo o IBGE, 70% alimentos consumidos no país vêm da agricultura familiar. Esta é uma das razões porque são fundamentais iniciativas como auxílio emergencial, no valor de R$ 600, a ser pago durante três meses durante a pandemia do covid-19 a cerca de 1,7 milhão de estabelecimentos de produção agrícola familiar. É uma vitória dos trabalhadores do campo, dentre inúmeras outras batalhas que ainda tem que ser enfrentadas pelos campesinos e por todo o povo brasileiro.

De acordo com dados do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre 1985 e 2016, houve mais de 1.800 assassinatos de camponeses relacionados à disputa pela terra no Brasil. É um cenário estarrecedor que, nos dias de hoje, a luta pela distribuição e acesso à terra ainda gere resultados fatais.

“A concentração de terras aumenta nas mãos dos grandes latifundiários, dificultando a amarga realidade dos trabalhadores do campo. É importante lembrar que neste 17 de abril, as vitórias a serem comemoradas dão esperança de que mais dificuldades poderão ser superadas na vida e na luta diária dos trabalhadores do campo”, defendeu Daniel.