Daniele Costa, secretária nacional da Mulher | Foto: reprodução/Instagram

Depois de mais de quatro anos de grandes retrocessos sociais que afetaram diretamente a vida das mulheres, Dani, como é conhecida, enfatizou que o partido vive agora um renascimento da vida democrática no Brasil. Segundo ela, a SNM alinha-se aos desafios gerais do partido, que visam fortalecer uma ampla frente de reconstrução nacional com as mulheres na vanguarda da luta pela cidadania plena e pela igualdade de direitos.

“São grandes desafios, e entre eles, o de conquistar, mobilizar e organizar as mulheres no PCdoB, e revigorar o partido, pela via do feminismo emancipacionista e popular”, afirma.

Dani reconhece a recente aprovação da Lei de Igualdade Salarial como uma grande conquista para as mulheres no mercado de trabalho e uma luta histórica das mulheres comunistas em todo o mundo. No entanto, ela enfatiza a necessidade de mais progressos. “Precisamos avançar muito mais, e cabe a SNM fortalecer as políticas públicas para as mulheres, articulando a nossa participação no Governo Federal, com a presidenta Luciana Santos, Ministra do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; no Ministério das Mulheres; com a atuação das mulheres nas organizações da sociedade civil, como a UNE, UBM, CTB, UNEGRO e demais entidades; e com a nossa bancada na Câmara de Deputados, nas assembleias legislativas e câmaras municipais”.

Com relação ao estado atual das mulheres na política brasileira e como incentivar sua participação política, Dani destaca o momento como de esperança feminista crescente.

Para ela, esse “é o momento de florescer a esperança feminista, as mulheres, em grande maioria, se mobilizaram, derrotaram a extrema direita fascista e elegeram o terceiro mandato do presidente Lula! E este ano, com a retomada do Ministério das Mulheres que deve proporcionar uma agenda estratégica de políticas públicas de direitos das mulheres em sua diversidade étnica – racial, já partimos de um importante avanço com a aprovação do Projeto de Lei n° 1.085/2023 (PL da Igualdade Salarial) enviada pelo presidente Lula ao Congresso Nacional, acreditamos que fortalecer a autonomia econômica das mulheres é uma conquista democrática”.

Dani Costa também expressou confiança no compromisso do presidente Lula em garantir e ampliar os direitos das mulheres. “Ter vencido eleitoralmente o ódio misógino em 2022, oportunizou a expectativa de que elegemos um Governo que valoriza a vida das mulheres, com pautas de enfrentamento à violência, de combate a fome que atinge em grande maioria as famílias de mães que criam os seus filhos e filhas sozinhas.”, disse.

“É momento de mobilizar esse sentimento de esperança das mulheres e fortalecer os espaços de participação política, como escutas sociais, das conferências nacionais, do Plano Plurianual Participativo. Incentivar o engajamento nos movimentos feministas, é momento de esperançar as mulheres.”, enfatizou.

A nova dirigente disse ainda que o PCdoB tem forte presença entre as mulheres, com seu poder demonstrado por meio de lideranças femininas no parlamento, governo e organizações da sociedade civil. No entanto, ela reforça a necessidade de dedicação diária para ampliar ainda mais o diálogo do partido com as causas que impulsionam o feminismo popular e renovar a “capacidade de protagonizar a luta anticapitalista com mais lideranças mulheres, que representem a diversidade do nosso povo e da classe trabalhadora”.

Projetos

Além dos desafios enfrentados pela Secretaria Nacional de Mulheres, Daniele destaca dois projetos prioritários para o ano. O primeiro deles é o lançamento da Caravana “Mais mulheres na política, pela equidade!”, com o objetivo de mobilizar e construir estratégias efetivas para ampliar a participação política das mulheres na sociedade e na vida partidária.

O segundo projeto está alinhado às conferências estaduais e municipais do PCdoB e visa investir na formação política e promoção de mulheres nos espaços de direção partidária nos estados. A meta é ampliar a cota de gênero, buscando a paridade como forma de garantir uma representação mais equitativa.

“Esses projetos são fundamentais para fortalecer a presença e a voz das mulheres na política, tanto dentro do partido quanto na sociedade. A Secretaria Nacional de Mulheres do PCdoB está empenhada em promover a igualdade de gênero e proporcionar oportunidades para que mais mulheres ocupem posições de liderança e influência política”, finaliza.