Com 88.107 votos, o Rio Grande do Sul elegeu Daiana Santos (PCdoB-RS) para seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados.

Em 2020, Daiana foi eleita vereadora com 3.715 votos para a Câmara Municipal em Porto Alegre, na sua primeira candidatura.

Criada no Morro Santana, Daiana é Educadora Social e Sanitarista, se formando em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), trabalhando diretamente com a população em situação de rua e mulheres em situação de violência.

Durante a sua trajetória, sempre esteve ligada aos movimentos sociais, de direitos LGBTI+, ao movimento negro, das mulheres, além de ter como uma de suas bandeiras a defesa do SUS. “A política tem um papel fundamental na minha vida, pois me auxiliou a fazer uma leitura da realidade para romper esses ciclos. Agora, sou Deputada Federal eleita justamente por ter compreendido que é na política que a gente faz essa articulação para a mudança na luta”, afirma em entrevista.

Com uma equipe composta majoritariamente por pessoas negras e LGBTI+, a Mandata apresentou 45 Projetos de Lei e Projetos Indicativos, sendo 55% deles voltados à População LGBTI+, Mulheres, Mulheres Negras e População Negra. Entre eles, destacam-se a PL de fomento ao Afroempreendedorismo; O Não é Não, que cria uma campanha permanente de combate ao assédio sexual em Porto Alegre; a inclusão do Dia da Visibilidade Trans no Calendário Oficial da cidade; e o Programa de Renda Complementar Emergencial, para combater os efeitos da pandemia da Covid-19 sob a população mais pobre.

Como Deputada Federal, ela quer estender esses projetos e levar as demandas desses grupos à nível nacional.

Em suas redes, Daiana agradeceu aos eleitores. “A primeira deputada federal negra e sapatão do Rio Grande. Chegou a nossa vez! Eles vão ouvir as nossas vozes, a nossa luta e os nossos tambores. Nos encontramos na luta”, destacou.

“Pessoas como eu, mulheres, negras, periféricas e LGBTIs não costumam ocupar os espaços. Somos os esquecidos, os invisibilizados. De tanto não se ver, a gente pensa que a política não é pra gente. A minha mãe, empregada doméstica, emprestava os livros das filhas das patroas pra eu poder estudar. Com muito esforço, depois de 15 anos trampando com tudo que é bico, juntei uma grana e entrei no Ensino Superior. Assim, me tornei Sanitarista e Educadora Social, trabalhando principalmente com mulheres em situação de violência e a população em situação de rua. Através delas entendi a urgência de lutarmos por políticas públicas que melhorem a nossa vida”, conta Daiana em sua biografia.

A deputada nas redes sociais:

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Com informações da Assessoria do Mandato e do PCdoB na Câmara