Custo da cesta básica do paulistano supera o salário mínimo
O valor da cesta básica do paulistano continua subindo, segundo levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Uma alta de 1,36% na passagem de abril para maio. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 18,07%, acima dos 11,7% da inflação oficial (IPCA) para o período.
O preço médio que no final de abril (29/04) era de R$ R$ 1.209,71 passou para R$ 1.226,12 no encerramento de maio, superando o valor do atual do salário mínimo de R$ 1.212,00.
Nos últimos doze meses, os três produtos que apresentaram maior alta foram: café em pó (500g), 95,60%; batata (kg), 70,04% e biscoito água e sal (pacote 200 g), 48,84%.
Com o salário que não compra nem a cesta básica, imagine como pagar as outra contas básicas, como luz, água, botijão de gás, que também estão com preços explosivos, corroendo o orçamento das famílias.
A cesta básica do Procon e Dieese, além de alimentos, inclui produtos de higiene e limpeza.
Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 27 apresentaram alta, nove diminuíram de preço e três permaneceram estáveis.
Os grupos Alimentação e Limpeza apresentaram alta de 1,70% e 0,36%, respectivamente. O de Higiene Pessoal teve queda de 1,83%. A variação no ano é de 12,69% (base: dezembro/2021).
No mês, os produtos que mais subiram foram: Cebola (kg) 31,70%, Desodorante spray (90/100 ml) 6,80%, Salsicha avulsa (kg) 6,33%, Queijo muçarela fatiado (kg) 5,55%, Farinha de mandioca torrada (500g) 4,91%
As maiores quedas foram: Papel higiênico fino branco (com 4 unidades) -8,85%, Biscoito recheado (pacote 130/150g) -5,91%, Absorvente aderente (com 10 unidades) -4,27%, Sabão em barra (unidade) -1,65%, Frango resfriado inteiro (kg) -1,60%.