Covid: Grécia proíbe negacionistas de espalhar vírus em restaurantes
Os gregos não vacinados estão proibidos, a partir desta semana, de frequentar locais fechados mesmo se apresentarem testes negativos para a Covid. O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, afirmou por pronunciamento na TV que os gregos devem “se vacinar com urgência”.
Com o lançamento da medida, a Grécia se soma a um conjunto de países europeus que já impuseram restrições aos que negam a ciência e desdenham a imunização, entre eles a Áustria que baixou um severo lockdown. Isso em meio um surto da pandemia na Europa. A Alemanha, Eslováquia e República Checa também elevaram as restrições aos que seguem se negando a tomar vacinas.
Na sua fala televisada, Mitsotakis informou que os gregos não vacinados não poderão mais entrar em restaurantes, bares, cinemas, museus e academias de ginástica.
Já tendo perto de 62% dos gregos vacinados, o primeiro-ministro grego assinala que “estamos de fato diante da pandemia dos não vacinados”.
“A Grécia tem sofrido o luto por perdas desnecessárias simplesmente por não haver atingido taxas mais elevadas agora necessárias no país, assim como no conjunto da Europa, ressaltou.
Além disso, os certificados de vacinação para os maiores de 60 anos passam a ter validade de sete meses, para encorajar os idosos a tomarem a terceira dose, a dose de reforço.
No início de novembro, o governo já havia imposto restrições aos não vacinados mas ainda permitia que eles frequentassem locais fechados mediante apresentação de testes negativos, alívio aos negacionistas que agora foi suspenso.
A Grécia já passa de 17.000 mortos por Covid e a informação é de que só na quinta-feira desta semana houve 7.317 novos infectados e 63 óbitos, trazendo o número de infectados desde o início da pandemia a 861.117. Isso significa que a Grécia teve 154 óbitos para cada 100 mil habitantes (no Brasil essa taxa passa de 287).
O premiê grego também declarou que vai levar à Comissão Europeia a sugestão de que essas medidas restritivas e preventivas sejam adotadas como padrão em todo o continente europeu
Ele também anunciou que a campanha por vacinação vai divulgar com mais intensidade informações sobre o sofrimento dos que adoecem com este vírus: “aqueles que ainda hesitam em se vacinar pensariam diferente se ouvissem o que os não vacinados que adoecem experimentam nas unidades de tratamento intensivo”.
O aumento no número de infecções diárias já está aproximando o sistema hospitalar grego de colapso. Diante dessa condição, mais grave no norte do país, o governo já ordenou aos médicos que atuam no setor privado na região a também assumirem plantões nos hospitais públicos. A ordem publicada em diário oficial na quinta-feira tem um mês de efetividade.