O cubano Alejandro, de 13 anos, é vacinado em Havana

Em Cuba, mais de 8,5 milhões de pessoas, de uma população total de 11,2 habitantes, incluindo crianças a partir de dois anos, já foram imunizadas com um esquema completo de três doses necessárias dessas vacinas, o que representa mais de 75,9% da população.

A informação fornecida pelas autoridades sanitárias de Cuba mostra queda em casos e óbitos nas últimas semanas, situação que atribuem ao avanço da vacinação em massa com as três fórmulas desenvolvidas no país: Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus.

Em consequência dessa massiva proteção, na segunda-feira (15) foi o primeiro dia de abertura de aeroportos e hotéis ao turismo internacional. A isso se somam outros aspectos do retorno do país à normalidade com o retorno de 700.000 alunos do ensino fundamental às aulas presenciais.

O presidente cubano Miguel Díaz-Canel visitou uma escola primária em Havana, que voltou a receber seus alunos como parte da retomada do ano letivo 2020-2021. As escolas secundárias e as universidades já funcionam presencialmente.

Cuba é o primeiro país do mundo a vacinar sua população a partir dos dois anos e, além disso, o faz com um imunizante de produção local. As vacinas contra o Covid-19 em crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos já são uma realidade, com o imunizante Soberana 02.

O governo cubano planeja chegar ao final de novembro com 92,6% da população vacinada. A informação é do presidente.

O Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed) deu sinal verde para imunização de crianças em caráter emergencial. Olga Lidia Jacobo, diretora da autoridade reguladora cubana, explicou que a aprovação vem após um processo de avaliação “muito rigoroso”.

“Os jovens e as crianças estão há muitos meses afastados da escola e temos de garantir que os nossos alunos fiquem o maior tempo possível nas instituições”, afirmou a mestre em Ciências Zulima Lobaina Olazábal, diretora nacional do Ensino Básico do Ministério da Educação (MINED), em recente participação em debate por rádio e TV.

“A situação epidemiológica em Cuba se transforma para melhor a cada dia, graças ao compromisso e atuação do sistema de saúde cubano e pela contribuição da ciência e da inovação”, afirmou o presidente Díaz-Canel.

“Os nossos cientistas com as suas vacinas – sem exageros – contribuíram para salvar o país”, assinalou o presidente ao presidir a mais recente reunião do Conselho de Ministros.

“Ficam evidentes os resultados que a campanha de imunização está tendo e a eficácia das vacinas, que começaram a ser aplicadas em condições muito difíceis, com alta circulação da variante delta”, avaliou o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista.

Dos 959.064 pacientes que foram diagnosticados com a doença no país, 1.755 permanecem internados, dos quais 1.704 com evolução clínica estável. Houve 8.283 mortes, uma taxa de letalidade de 0,86%, bem abaixo da média mundial que é de 2,01% e das Américas que está em 2,44% e no Brasil em 2,77%.