Membros da equipe do Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai, fazem teste para coronavírus

O esforço da China para debelar a pandemia alcançou na segunda-feira (23) mais um êxito parcial ao poder comemorar o primeiro dia fato sem um único novo caso de Covid-19 transmitido localmente desde julho.

Embora nenhuma morte tenha sido registrada durante o mês de julho, mais de 1.200 pessoas haviam sido infectadas em um foco – principalmente de variante Delta -, altamente transmissível, trazida do exterior e que causou problemas na cidade oriental de Nanjing.

As ocorrências acenderam o sinal amarelo, fazendo com que as autoridades adotassem medidas mais severas, incluindo testes em massa para milhões de pessoas, identificando e isolando potenciais transmissoras. Entre as iniciativas adotadas estiveram restrições de viagens.

Com a adoção de regras mais rígidas em todo o país, os novos casos locais diários já haviam despencado para um dígito na semana passada.

Desde o fim de semana, as autoridades suspenderam os bloqueios em algumas áreas de Pequim, bem como nas cidades de Wuhan e Jingmen, na província central de Hubei, depois das duas localidades terem fechado completamente algumas áreas para conter o vírus.

Sichuan, por exemplo, permitiu que as agências de turismo retomassem as viagens para fora da província, mas impediu lugares ainda considerados de risco.

Por outro lado, Xangai colocou centenas de pessoas em quarentena como preventivo de novas infecções. Ainda assim, a cidade de mais de 26 milhões de habitantes não relatou nenhuma nova transmissão em 22 de agosto.

Todas as 21 infecções registradas no país ocorreram em pessoas que retornaram do exterior. Além disso, outros 16 casos assintomáticos, também originados fora do país, foram detectados.

Para o professor de epidemiologia na Universidade de Oxford. Chen Zhengming, a política atual de contenção, caracterizada por um alto grau de fiscalização, que tem se demonstrado eficaz, não será abandonada. “Inspeções na alfândega, quarentena, mobilização de comunidades, testes em massa, etc, a China se acostumou com isso”, declarou Chen.