Plenária com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) em defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), do Brasil e do Rio de Janeiro no auditório do Clube de Engenharia.

Na última quinta-feira (4), ocorreu uma plenária com a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) em defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), do Brasil e do Rio de Janeiro no auditório do Clube de Engenharia.

O evento contou com a presença das principais lideranças e representantes das entidades da área de CT&I comprometidas com a reconstrução e com o desenvolvimento do país e do estado, como Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção da Petrobras; Márcio Girão, presidente do Clube de Engenharia; Luís Fernandes, professor da PUC-Rio e da UFRJ e Lígia Bahia, médica e diretora da SBPC.

Durante a plenária, foram discutidas questões para o avanço da ciência e da tecnologia no país e o manifesto “O Rio de Janeiro com Jandira, em defesa Da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Brasil”, lançado na última segunda-feira (1°), onde denuncia que o setor tem sido um dos atingidos pelo projeto de destruição nacional promovido pelo atual governo de Bolsonaro e ressalta urgência de um “pacto pela democracia, pela soberania, pelo desenvolvimento nacional e pelo progresso do povo”.

“A área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Brasil foi duramente atingida por este governo  do apocalipse. Nosso estado, que abriga instituições de grande importância nesse setor, foi fortemente atingido. Cortes de recursos para as universidades inviabilizaram a continuidade de pesquisas. Uma situação caótica”, disse Jandira na plenária.

O manifesto diz que o Brasil precisa de um pacto social, econômico e político para sair dessa crise profunda que o governo de Bolsonaro, inimigo da Ciência, da Educação e da Cultura, nos impôs. É urgente um pacto pela democracia, pela soberania, pelo desenvolvimento nacional e pelo progresso do povo, e é isso que nos motiva a trazer a contribuição do campo da Ciência. A área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), tem sido uma das mais duramente atingidas pelo projeto de destruição nacional promovido pelo atual governo de Bolsonaro.

“O Rio de Janeiro é fortemente impactado pela crise do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação por abrigar instituições de grande relevância nesse sistema”, continua.

O manifesto aponta ainda que “com a reestruturação econômica do mundo, a fronteira tecnológica é decisiva para a geopolítica mundial, assim como para a reconstrução do Brasil, através de um programa nacional de desenvolvimento, que incorpore na sua base produtiva a tecnologia e a inovação, a transição digital, a cibernética, a indústria moderna 4.0, a indústria inteligente. Integrar a CT&I com a produção e a educação é fundamental para gerar oportunidades para a juventude e acelerar o processo de geração de empregos qualificados e de recuperação da economia nacional”.

Dessa mesma forma, Jandira durante o evento, agradeceu aos participantes da plenária e a todos os presentes que assinaram o manifesto, além disso, discursou sobre o projeto de desenvolvimento que queremos para o país.

“É necessário o manifesto pois é impossível imaginar o país sem qualquer capacidade de inovar e sem qualquer produção e capacidade produtiva. A ciência e a tecnologia tem que ter relação com a demanda do país e a sociedade precisa de nós. Qual é o modelo de país que queremos construir? Qual é o papel de uma inserção política deste país? Qual o futuro que a gente pretende com a ciência e a inovação tecnológica? Essas perguntas são norteadoras para o nosso projeto, para ter um país que defende a ciência e a tecnologia”, disse Jandira.

“Outro dia, estava olhando o que cada estado brasileiro estava produzindo. O Brasil que tinha uma grande produção de produtos primários, exportando para vários países, virou um importador, dos próprios produtos que produzia no país, o que é produto do abandono, da falta de investimento de Bolsonaro na ciência, na tecnologia e no desenvolvimento do país. Bolsonaro está acabando com as nossas empresas estatais, acabando com a Eletrobrás, privatizando-a, acabando com a Petrobrás, com os Correios. Qual é o projeto de país que temos com Bolsonaro, que acaba com tudo, nenhum. Bolsonaro acaba com o país, é inacreditável”, continuou.

Lutar por um país soberano

Guilherme Estrella, defendeu a reeleição de Jandira à Câmara e afirmou que é preciso lutar por um país soberano, contra os desmandos de Bolsonaro. Estrella afirmou que é preciso investimento na pesquisa para o país avançar.

“Temos a oportunidade de lutar por um país soberano, um país com tecnologia e que defenda sua história e sua riqueza. O que vemos hoje são proposições do atual governo para transformar o Brasil numa colônia, longe da defesa do país. Bolsonaro defende seus privilégios e vê o país como um pilar de sustentação para essa base lesa pátria, Bolsonaro sabe que sozinho não irá levar esse plano para a frente, assim ele virá pra guerra, para tentar se manter no poder. Não podemos aceitar isso”, disse Estrella.

“Nós temos que lutar para que o nosso país seja soberano, que invista na tecnologia, na ciência, eu vivi e aprendi isso na Petrobras, só com o investimento na pesquisa e atuando no desenvolvimento, podemos avançar no Brasil”, continuou.

Luís Fernando, presidente do Clube de Engenharia, que mediou o debate afirmou que é preciso eleger representantes que defendam a CT&I.  “Nós estamos vivendo a maior crise na ciência e na tecnologia do país e o motivo disso é o desmantelamento do investimento nessas áreas, como observamos desde 2015, vivemos esse processo no dia-a-dia e vemos este descaso com essas áreas fundamentais para o avanço do desenvolvimento. É preciso retomar e lutar pela reconstrução da ciência e da tecnologia no país, e só conseguiremos isso mudando esse governo e eleger Lula, assim como eleger deputados e senadores com o compromisso desta retomada, como Jandira”, disse Fernandes.

O presidente do Clube de Engenharia condenou os ataques de Bolsonaro ao desenvolvimento nacional. “Uma pessoa que destrói o país, que acaba com a ciência e tecnologia do país não é patriota”, disse.

“Nós temos a consciência de entender o descaso deste governo com a CT&I. Podemos observar que as riquezas dos países, estão focadas na ciência, tecnologia e na inovação, temos estrutura, temos a noção destas áreas, mas não estamos avançando com elas, não estamos gerando riquezas para o nosso país, faltam recursos, precisamos construir um modelo para avançar nestas áreas para todos os brasileiros, para desenvolver este país”, ressaltou Girão.

Lígia Bahia destacou que a reeleição de Jandira é fundamental para a reconstrução do país. “Nós precisamos conversar com as nossas empresas públicas, com a Petrobrás, com a Eletrobrás, com os Correios, com o BNDES, é preciso reconstruir nossas empresas estatais, é preciso reconstruir o projeto de desenvolvimento na CT&I, assim como eleger Jandira, que sempre defendeu o país, é neste momento que precisamos avançar com a reeleição de Jandira”, destacou.

Por fim, Jandira afirmou que “com esse governo, não dá pra gente tomar condições claras em relação ao novo projeto nacional de desenvolvimento. Temos que melhorar o investimento nos setores estratégicos do país. É preciso enfrentar e superar a fome, a desigualdade, temos que gerar empregos, oportunidades, melhorar a infraestrutura do país, pensar na educação, nas universidades, no que vem sendo proposto e produzido para superar esse projeto de governo de Bolsonaro, que acaba com o país”, concluiu.

Leia a íntegra do manifesto:

O Rio De Janeiro Com Jandira, Em Defesa Da Ciência, Tecnologia E Inovação E Do Brasil

O Brasil precisa de um pacto social, econômico e político para sair dessa crise profunda que o governo de Bolsonaro, inimigo da Ciência, da Educação e da Cultura, nos impôs. É urgente um pacto pela democracia, pela soberania, pelo desenvolvimento nacional e pelo progresso do povo, e é isso que nos motiva a trazer a contribuição do campo da Ciência.

A área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), tem sido uma das mais duramente atingidas pelo projeto de destruição nacional promovido pelo atual governo de Bolsonaro.Rio de Janeiro é fortemente impactado pela crise do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação por abrigar instituições de grande relevância nesse sistema.

O país não apenas parou no tempo: retrocedeu. Foram diversos cortes que inviabilizaram avanços na Educação e na CT&I. A situação é dramática diante do desmonte do Estado e das políticas públicas, promovido pelo atual governo.

O resultado mais trágico desse apagão científico e tecnológico, que estamos sofrendo hoje são as quase 680 mil mortes pela Covid, muitas delas, porque o atual presidente ignorou todas as recomendações da comunidade científica, chegando ao cúmulo de boicotar as vacinas que salvou milhões de vidas ao redor do mundo.

O setor de CT&I é, sem dúvida, o pilar central de um projeto de desenvolvimento nacional, apontando para a industrialização do país com soberania tecnológica e inovação. A pandemia expôs a nossa vulnerabilidade e dependência, desde os insumos, medicamentos, equipamentos médico-hospitalares até a inteligência artificial, Big datas, que são fundamentais para fortalecer o SUS e o Complexo Econômico Industrial da Saúde – CEISO Sistema Nacional de Fomento em CT&I está implodido, em termos orçamentários tem hoje menos de 1/3 do que tinha em 2015. É a maior crise que o sistema de fomento em CT&I, já viveu no Brasil.

Qual o futuro que estamos construindo para o Brasil? O futuro do Brasil está sendo inviabilizado no momento em que comemoramos o bicentenário da Independência. Uma Independência que precisa ser completada com a luta pela soberania energética, soberania alimentar, soberania tecnológica, em que a CT&I, a educação e formação são fundamentais na construção do futuro do Brasil. É urgente recompor os recursos do FNDCTI, CAPES e FINEP.

É urgente uma política de poder de compra do Estado, diferenciando as empresas brasileiras de capital nacional, para os programas prioritários com o objetivo de implantar inovações direcionadas para a resolução dos graves problemas sociais.Assim como em outras áreas, inclusive de energia, Eletrobrás e Petrobrás, é uma agenda de reconstrução. Precisamos reconstruir o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) e isso afeta diretamente o Rio de Janeiro. Por ter sido capital da República, inclusive no período em que o Brasil teve um programa nacional de desenvolvimento, o Rio de Janeiro concentra inúmeros institutos nacionais e centros de pesquisa em CT&I, além das universidades federais. Portanto o Rio de Janeiro é fortemente afetado por esse colapso no sistema de fomento da atividade de desenvolvimento científico e tecnológica.

Jandira Feghali é a voz que precisamos no parlamento em defesa do setor de CT&I e de empenho com a reconstrução do setor, incluindo o fortalecimento das instituições de CT&I, no Rio de Janeiro para recompor o sistema no estado, como uma das fontes essenciais para resolver os graves problemas econômicos e sociais que nos afetam.

Jandira Feghali tem lutado com determinação e coerência, colocando seu mandato a serviço da defesa da CT&I, da Educação e pela recuperação do orçamento das universidades federais, em defesa das bolsas da CAPES e CNPQ; alocando recursos através de inúmeras emendas parlamentares em benefício do estado do Rio de Janeiro, para as universidades, institutos de pesquisa e para saúde; em defesa do fortalecimento do SUS e do Complexo Econômico Industrial da Saúde e Inovação – CEIS; contra as privatizações da Eletrobrás e Petrobras, estatais estratégicas, com histórico de investimentos pesados em pesquisa e desenvolvimento em CT&I; apoiando e incentivando um sistema de propriedade industrial que atenda aos interesses da nação, dentre outras iniciativas.

A Biodiversidade brasileira deve ocupar a centralidade nas futuras políticas de CT&I, pelo que representam para o desenvolvimento e soberania do Brasil. Precisamos de um Estado forte e regulador, capaz de proteger o uso, não predatório, de nossas imensas riquezas naturais e sócio-ambientais.

O país está devastado! O desafio de reconstrução nacional é gigante! Será preciso revogar a Emenda 95, do “teto de gastos” e reduzir a taxa de juros para recuperar a capacidade de investimento público do Estado. Sem investimentos públicos não tem desenvolvimento e não tem projeto de Nação.

Com a reestruturação econômica do mundo, a fronteira tecnológica é decisiva para a geopolítica mundial, assim como para a reconstrução do Brasil, através de um programa nacional de desenvolvimento, que incorpore na sua base produtiva a tecnologia e a inovação, a transição digital, a cibernética, a indústria moderna 4.0, a indústria inteligente. Integrar a CT&I com a produção e a educação é fundamental para gerar oportunidades para a juventude e acelerar o processo de geração de empregos qualificados e de recuperação da economia nacional.

Portanto reeleger Jandira com uma votação consagradora deve ser o nosso objetivo, por tudo que ela defende e representa para a CT&I, para a democracia e para o desenvolvimento nacional.

Vamos caminhar juntos pela reconstrução do Rio de Janeiro e do Brasil com JANDIRA e LULA!

Veja imagens do evento:

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