Coreanos repudiam visita de Biden e seus ‘exercícios de guerra’
Centenas de jovens sul-coreanos, em sua maioria estudantes universitários, protestaram contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao país, no final de semana, que aumentou a tensão militar na península coreana ao anunciar a retomada dos exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul.
Cerca de 200 pessoas participaram do ato em frente ao Grand Hyatt Seoul, em Seul, onde Joe Biden ficou hospedado. Os presentes carregavam cartazes dizendo “pare os exercícios militares”.
Também foram registrados atos com centenas de participantes em frente ao Museu Nacional da Coreia e ao Memorial de Guerra da Coreia, organizados por grupos pró-reunificação coreana. A manifestação em frente ao hotel foi reprimida pela polícia.
Biden se reuniu com o novo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que está há menos de 15 dias no cargo.
Durante a visita, Joe Biden disse que os Estados Unidos poderão reforçar o poderio militar da Coreia do Sul e realizar exercícios militares em conjunto com o país. Ao invés de tratar diplomaticamente, Biden coloca mais lenha na fogueira.
“Os dois líderes [Biden e Yoon] concordam em iniciar discussões para expandir o âmbito e a escala dos exercícios e treinos militares conjuntos na Península Coreana”, informaram em pronunciamento conjunto.
Os Estados Unidos se comprometeram a “implantar recursos militares estratégicos de maneira oportuna e coordenada, conforme necessário, bem como aprimorar essas medidas e identificar medidas novas ou adicionais para reforçar a dissuasão diante das atividades desestabilizadoras da República Popular da Coreia”.
Em discurso público, Biden errou o nome do novo presidente e o chamou de “Moon”, chamando-o pelo nome do ex-presidente Moon Jae-in. No domingo, Biden foi para o Japão.
Biden e Yoon estão mudando radicalmente a política de seus antecessores, Donald Trump e Moon Jae-in, em relação à Coreia Popular. Os presidentes não estão buscando saída negociada ou diplomática.