Conteúdo e alegria, os diferenciais das candidaturas do PCdoB
A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, acredita que as candidaturas comunistas nas eleições municipais têm diferenciais importantes a apresentar aos brasileiros. Com a experiência de quem já concorreu a deputada estadual e federal, prefeita e vice-governadora, a dirigente falou ao Entrelinhas Vermelhas sobre a campanha eleitoral de 2024.
Para Luciana – que também é ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) –, não se trata apenas de estar no campo popular e progressista, apoiando o governo Lula e defendendo a democracia. Tudo isso tem peso, mas, ao mesmo tempo, é pré-requisito. Os 3.143 candidatos do Partido a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores devem ir além.
“Primeiro, nossas candidaturas precisam ter conteúdo. Elas têm que expressar um programa ou um pensamento que vai ao encontro dos anseios da população”, diz Luciana. Uma referência para os candidatos, segundo a presidenta, é o Programa Socialista do PCdoB – que, entre outras propostas, fala em reformas democráticas paras as cidades.
“Temos como nos apresentar pelo que nós somos”, acrescenta Luciana, enfatizando que o PCdoB é o partido que “que acredita no socialismo” e “luta pelo desenvolvimento” nacional. Segundo ela, os comunistas em campanha devem frisar o compromisso com os direitos fundamentais, o trabalho e as políticas públicas.
Ao lado disso, Luciana afirma que as campanhas precisam ser alegres, a fim de motivar as pessoas. “Nossas candidaturas expressam o presente e o futuro – um futuro de alegria, de visão e de esperança”, resume. “O grande segredo é essa combinação de nos mostrarmos preparados, sermos aqueles que mais entendem dos assuntos da cidade, sermos aqueles que compreendem para onde queremos ir – e termos alegria.”
Mas, antes que confundam “alegria” com qualquer subestimação da campanha, Luciana esclarece: “ A alegria é exatamente a perspectiva. Você tem mais alegria se acredita que é possível transformar e trazer uma perspectiva diferente para o nosso povo”.
De resto, conclui Luciana, é necessário ter “juízo e muita sabedoria para a disputa eleitoral – (além de) muita saliva e muita sapato”. Faltam 42 dias para o primeiro turno, marcado para 6 de outubro. “Nós não temos candidaturas iguais às outras. Somos diferenciados justamente porque somos porta-vozes da transformação social.”