Comunistas vão à Embaixada do Irã prestar solidariedade
A deputada federal Perpétua Almeida (AC), o deputado estadual pelo Acre, Edvaldo Magalhães e João Vicente Goulart, membro do Comitê Central do PCdoB, estiveram na embaixada do Irã em Brasília nesta segunda-feira (6) para assinar o livro de condolências e prestar solidariedade ao povo iraniano pelo assassinato do general Qasem Soleimani.
“É preciso condenar veementemente a invasão de países e a destruição de populações inteiras. Precisamos de paz no mundo e precisamos fazer com que ela, de fato, aconteça”, afirmou a deputada Perpétua, por meio de suas redes sociais.
Em entrevista ao jornal Hora do Povo, publicada no último domingo (5), Goulart afirmou que “o que aconteceu nesse assassinato do General Soleimani é de uma ilegalidade monstruosa, inclusive dentro dos parâmetros internacionais das Nações Unidas, violando inclusive a Constituição Americana, pois foi um ataque a uma autoridade constituída de um país integrante, e não a um terrorista internacional, procurado por vários países da ONU.”
Contexto
Soleimani foi assassinado com um míssil disparado por um drone na madrugada do dia 3 de janeiro em Bagdá, Iraque, por ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O general era considerado por muitos o segundo homem mais poderosos do Irã, atrás apenas do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Depois do ataque, houve acirramento do desgaste entre Irã e Estados Unidos que vem em crescente desde o ano passado e aumentou o temor de mais uma guerra no Oriente Médio.
Também na segunda-feira (6), a Secretaria de Política e Relações Internacionais do PCdoB divulgou nota em repúdio à agressão estadunidense contra o Irã e o Iraque.
No documento, o partido também rechaçou nota emitida pela chancelaria do Brasil na última sexta-feira (3) em apoio ao crime cometido pelos Estados Unidos, demonstrando a subserviência do Itamaraty sob Bolsonaro ao governo Trump.
“O Brasil é um país amigo das nações árabes e da nação iraniana e não tem vocação para promover a guerra”, destaca a nota, assinada pelo vice-presidente e secretário de Política e Relações Internacionais do partido, Walter Sorrentino.
Com as manifestações de solidariedade os comunistas se somam a diversas outras lideranças políticas, Chefes de Estado, personalidades, parlamentares de diversos partidos e até representantes da ONU, que repudiaram o atentado que levou à morte o general.