O general Qasem Soleimani comandava operações militares iranianas no Oriente Médio

No último domingo, 10 de janeiro, tive a honra de representar o Partido Comunista do Brasil, na condição de membro do Comitê Central, da Comissão Política Nacional e coordenador de Solidariedade Internacional do Partido, em um ato político organizado pela comunidade iraniana em São Paulo, para homenagear a memória do General Qassem Soleimani, barbaramente assassinado pelos Estados Unidos em 3 de janeiro no ano passado.

Por José Reinaldo Carvalho*

Recordemos os fatos. Em um ato covarde e terrorista, em 3 de janeiro de 2020, drones dos EUA assassinaram em território iraquiano, a mando do presidente Donald Trump, o comandante da Força Quds dos Guardiões Iranianos do Corpo da Revolução Islâmica, General Qasem Soleimani, e o subcomandante das Unidades de Mobilização Popular do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis.

O assassinato do General Qassem Soleimani mereceu ampla condenação internacional. Violou o Direito Internacional Humanitário e o próprio Direito Internacional, agredindo a soberania territorial iraquiana. Foi um ato de terrorismo, uma provocação, que atende aos objetivos imperialistas dos Estados Unidos em face do Irã e da região do Oriente Médio. Um ato típico de um Estado bandido, contra a paz mundial e a segurança internacional. O governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, para desonra do Brasil e seu povo e em desrespeito à Constituição Federal, associou-se ao atentado terrorista. Agiu como lacaio de Trump e como pária internacional.

O general Qassem Soleimani foi um dos líderes da Resistência na região do Oriente Médio, razão pela qual entrou no índex do imperialismo estadunidense e foi assassinado. Ele não só dirigiu a luta do seu povo em face das ameaças imperialistas e sionistas, mas também apoiou a Resistência no Líbano, no Iraque e na Síria contra os grupos terroristas criados com o estímulo dos Estados Unidos e seus aliados na região. Soleimani não foi apenas um comandante militar, mas também um importante líder de um arco de forças da Resistência no Oriente Médio, contra o imperialismo estadunidense e os sionistas israelenses. Por isso era popular não só entre os iranianos, mas também libaneses, iraquianos, sírios e palestinos.

Participou também do ato em homenagem ao general Qassem Soleimani a presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, que manifestou solidariedade à resistência anti-imperialista do povo iraniano. A dirigente reiterou a condenação à ocupação estadunidense no Iraque e o conjunto da ação imperialista estadunidense na região do Oriente Médio.

“Através das criminosas ações contra o Irã, a agressão contra a Síria e a Palestina, a guerra contra o Iraque e o Afeganistão, o patrocínio da guerra contra o Iêmen encabeçada pela Arábia Saudita e a criação dos grupos mercenários e terroristas, que causam imenso sofrimento aos povos do Oriente Médio, os Estados Unidos cometem impunemente gravíssimas violações do direito internacional”. Com o assassinato do general Soleimani, “mais uma vez estivemos diante de um ato de agressão à soberania nacional e de um atentado terrorista praticado por um governo que se pretende dono do mundo”, disse.

Socorro Gomes se solidarizou com o povo iraniano e destacou que é necessário reforçar a mobilização pela paz em todo o mundo para exigir a retirada das tropas e a eliminação das bases militares estadunidenses, e o fim das suas provocações, agressões, ingerência, atentados de terrorismo de Estado e violação da soberania das nações. “Já passou da hora de pôr fim à impunidade de governantes por trás da maquinaria imperialista de terror, de guerra, destruição e morte”. “Somos pela paz, a solidariedade entre os povos e o respeito à soberania das nações”, finalizou a presidente do Conselho Mundial da Paz.

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José Reinaldo Carvalho* é membro do Comitê Central , da Comissão Política Nacional e Coordenador de Solidariedade Internacional do PCdoB

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