Comunistas elogiam carnaval politizado dos blocos e escolas de samba
O carnaval de 2018 foi um dos mais politizados nos últimos anos, começou com blocos de rua exibindo adereços com pautas de luta contra o machismo, racismo, homofobia, e denunciando a situação política atual. A militância de esquerda e os comunistas comemoraram as apresentações de protesto dos blocos de rua em todo país e da escola de samba Paraíso do Tuiuti que desfilou no Rio de Janeiro. Além disso, parabenizaram a escola de samba campeã de São Paulo que homenageou o Maranhão.
O bicampeonato da escola de samba Acadêmicos do Tatuapé de São Paulo que homenageou o estado do Maranhão, governado por Flávio Dino (PCdoB) com o enredo da rica cultura e o folclore maranhense e contou com batidas estilo reggae, ritmo popular no estado foi saudado pelo governador comunista, pela pré-candidata Manuela D’Ávila e pela madrinha da escola, deputada estadual, Leci Brandão. “A minha alegria não cabe no peito. A vitória! Só tenho a agradecer e saudar: Parabéns! Tatuapé!”, comemorou a sambista.
Nascida no Rio de Janeiro, mas radicada em São Paulo, Leci foi homenageada pela escola em 2012 e desde então tem defendido a escola na avenida. Ela parabenizou todas as escolas de samba pelo que ela afirmou ter sido “um show que deram na avenida, um espetáculo admirado no mundo, com todas as escolas representando o seu povo, sua história, suas raízes e reverenciando o samba”. E enfatizou: “Viva a cultura popular! ”.
Sobre a escola vitoriosa, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila também festejou a conquista em sua página do Facebook. “Que alegria! Acadêmicos do Tatuapé venceu o carnaval homenageando o Maranhão do meu amigo Flávio Dino”.
O desfile da escola Paraíso do Tuiuti (Morro do Tuiuti, situada no bairro de São Cristóvão) do Rio de Janeiro simbolizou um grande “protesto” contra os desmandos da elite brasileira contra os trabalhadores que começou com o golpe de Estado apoiado pela Rede Globo. A escola satirizou o presidente ilegítimo Michel Temer, representado por um “Vampiro do Neoliberalismo”, no carro alegórico que representava um navio negreiro nos dias atuais, e denunciou as reformas do governo Temer, especialmente a reforma Trabalhista aprovada no final do ano de 2017, que precarizou as condições de trabalho do povo brasileiro.O seu enredo de cunho político-social questionava se a escravidão realmente acabou no Brasil. “Meu deus, meu deus, está extinta a escravidão?”, fazendo referência aos 130 anos da Lei Áurea e do trabalho precário, que está cada vez mais presente na nossa sociedade.A militância comunista se sentiu representada pelo protesto no desfile da Tuiuti que contou a situação política nacional, a escravidão e criticou fortemente o governo Temer e a reforma trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores brasileiros.Para o deputado federal, Chico Lopes (PCdoB-CE), o desfile da Tuiuti provocou uma reflexão sobre o golpe e promoveu uma luta em defesa da democracia e contra as perdas de direitos populares impostas pelo desgoverno Temer.
Chico Lopes considera que as diversas manifestações contra Temer e em defesa da democracia e do povo brasileiro, registradas em várias cidades neste Carnaval, mostram que o povo entendeu a engrenagem do golpe e se cansou de assistir passivamente à retirada de seus direitos.
“Essas manifestações no Carnaval sem dúvida vão reforçar o grande dia de mobilização contra a ‘reforma’ e em defesa da Previdência e do direito à aposentadoria, marcadas para o dia 19, em todo o País”, enfatiza Chico Lopes. Em Fortaleza já está marcada manifestação para as 9 horas, havendo concentração na Praça da Bandeira. “É hora de derrubar de vez essa reforma que significa na verdade o fim da Previdência e do direito à aposentadoria”, aponta o parlamentar cearense.
Em vídeo publicado nesta quarta-feira (14), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), parabenizou o desfile “protesto” dos blocos e escolas de samba no Carnaval de 2018.
Jandira (foto ao lado) citou a escola de samba Paraíso do Tuiuti, que em sua opinião, trouxe a alegria do Carnaval. Na avenida, a escola mostrou a história da escravidão ao longo dos séculos e denunciou o golpe de 2016, citicando a elite brasileira e dando nome aos verdadeiros responsáveis pela retirada de direitos do povo.
Assista o desfile da escola favorita da militância de esquerda neste carnaval: