O Comitê Estadual do PCdoB de São Paulo realizou sua primeira reunião no sábado (16) após o 14º Congresso do partido, e elegeu sua Comissão Política, Comissão Executiva e Comissões de Apoio às secretarias, Comissão de Controle e Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), também  foi aprovada a Resolução Eleições 2018.

Antes das votações, a direção estadual debateu um conjunto de temas da agenda política atual. O vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino,  fez uma atualização política destacando pontos da resolução política do 14° Congresso que se inserem das disputas em curso.

Rovilson Britto apresentou a resolução eleitoral estadual e Nádia Campeão fez uma análise dos últimos acontecimentos envolvendo a preparação da campanha de Manuela D’Ávila à presidência pelo PCdoB. Júlia Roland fez um resumo do que aconteceu no 2° Congresso Nacional da Frente Brasil Popular. Coube à André Bezerra conduzir o processo eleitoral, que resultou na seguinte distribuição de tarefas e responsabilidades:

Comissão Política Estadual:
– Orlando Silva (presidente),
– Rovilson Robbi Britto (vice-presidente),
– Alcides Amazonas,
– André Bezerra (secretário de Organização),
– Antonio Toniolo,
– Carina Vitral,
– Eduardo Barreto,
– Elisangela Lizardo (secretária de Formação e Propaganda),
– Francisca Pereira da Rocha Seixas,
– Fernando Henrique Borgonovi,
– Gustavo Petta,
– Jamil Murad,
– Júlia Roland (secretária de Mulher e de Movimentos Sociais),
– Júlio Souza (secretário de Combate ao Racismo),
– Leci Brandão,
– Manoel Rangel,
– Marcelo Cardia,
– Márcia Quintanilha,
– Nádia Campeão,
– Renan Alencar (secretário de Finanças),
– Renan Santos,
– Renata Rosa (secretária de Comunicação),
– Rene Vicente, Rodrigo Carvalho (secretário de Relações Institucionais),
– Tarcísio Boaventura,
– Vandelei Siraque,
– Vânius Oliveira (secretário Sindical e dos Trabalhadores),
– Vírginia Barros,
– Wander Geraldo.

Comissão Executiva:
– Orlando Silva,
– Rovilson Britto,
– André Bezerra,
– Elisangela Lizardo,
– Júlia Roland,
– Renan Alencar,
– Renata Rosa,
– Rodrigo Carvalho,
– Vânius Oliveira.

Comissão de Controle:
– Onofre Gonçalves,
– Renata Bruno,
– Sérgio Benassi.

Grupo de Trabalho Eleitoral:
– André Bezerra,
– Fernando Borgonovi,
– Nádia Campeão,
-Roberto Almeida de Oliveira,
-Rodrigo Carvalho,
-Rovilson Britto.

1- BRASIL – As eleições 2018 se revestem de especial importância. O consórcio conservador tem como objetivo concluir o processo do golpe elegendo nas urnas uma candidatura afinada com seus interesses. Impedir a candidatura de Lula e se unificarem em torno de um candidato estão hoje no centro da tática político-eleitoral desse consórcio.

2- Elemento novo da disputa é o fato de termos a pré-candidatura de Manuela D’Ávila pelo PCdoB. A pré-candidatura nos dá visibilidade e nos permite participar ativamente do debate eleitoral, defendendo a Frente Ampla; a necessidade de um debate programático que tenha como centro um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e a reversão dos malefícios promovidos por Temer contra os trabalhadores.

3- É necessário impulsionar a pré-candidatura junto ao povo, levando uma voz de unidade, esperança e de luta. Não cabe aqui timidez ou campanha restrita.

4- No campo de oposição a Temer outras candidaturas se apresentam. Além da candidatura do PT (Lula ou outro nome no caso de sua inviabilização); o PDT apresenta Ciro Gomes; a Rede apesenta Marina; o PSB cogita candidatura e também o PSOL. Assim, neste primeiro momento impera a dispersão.

5- Dispersão que também se apresenta do outro lado. Alckmin é a candidatura mais forte e com mais vigor para encarnar o desejo deles. Mas, além dele pode existir uma candidatura do governo Temer (Rodrigo Maia, Meirelles ou o próprio Temer). Além de Bolsonaro e outros.

6- Elemento central para a conformação do quadro será a existência ou não da candidatura de Lula. O PCdoB defende o direito democrático de Lula ser candidato e condena a perseguição política de que é vítima.

7- SÃO PAULO – As injunções do projeto nacional são muitos fortes no Estado. Da atual base do governo Alckmin virão ao menos duas candidaturas: uma do PSDB (Serra, Dória ou outro nome) e Márcio França que será governador em exercício.

8- Ainda se apresentam possibilidades da candidatura de Skaf (PMDB) e Kassab (tem predileção de uma composição com Serra).

9- O PT terá a candidatura de Luís Marinho. Buscará com ela unificar seu exército e retomar parte de seu eleitorado que foi perdido no último período. O PDT apresenta inicialmente o nome de Chalita. PSOL e Rede terão candidatos.

10- Devemos incentivar abertamente a divisão do campo do atual governo que se expressa na candidatura do PSB. Pela primeira vez nas duas últimas décadas, o PSDB disputará o governo estando fora do exercício de governador e tendo no cargo um concorrente no pleito. Essa dissidência é o fato novo central da disputa no estado.

11- Devemos conversar amplamente com as candidaturas postas, a de Luís Marinho (PT); Márcio França (PSB); Chalita (PDT); entre outras.

12- As eleições serão para Governador, vice, dois senadores e seus suplentes. O Partido deve pleitear participação efetiva na chapa majoritária. Dispomos de nomes importantes, como Nádia, Manoel, Jamil, Nivaldo.

13- Será fundamental para a decisão sobre a chapa majoritária a conquista de uma coligação para federal que comporte boas chances para nosso êxito.

14- Assim, para FEDERAL nosso esforço central é a reeleição de Orlando Silva. Outras possibilidades devem sempre ter isso como questão basilar.

15- Na disputa para deputados ESTADUAIS, nosso esforço é a reeleição de Leci, retomar a segunda cadeira que elegemos no último pleito e tentar chegar a um terceiro mandato. Estamos em vias de retomar o segundo mandato na Alesp em função de processo movido desde o início do ano.

16- Para isso, mais uma vez vamos concorrer com chapa própria, o que nos permite uma ampla mobilização de nomes com presença em todo o Estado na busca de voto.

17- TAREFAS – A montagem de forte chapa própria para deputados estaduais está vinculada aos desafios atuais, mas também se projeta na disputa de 2020, nas disputas das Câmaras e Prefeituras.

18- Em todos os municípios importantes devemos buscar constituir candidatura a estadual. Todas as nossas lideranças devem se colocar à disposição para a composição da chapa.

19- Além disso, até 05 de abril precisamos em todos os municípios listar nomes que possam se filiar e assim reforçar nossa chapa para o pleito.

20- Ao mesmo tempo é preciso zelar pelos nossos pré-candidatos já filiados, que certamente serão motivo de assédio de outras legendas.

21- Especial atenção, por concepção partidária e por força da lei, requer a constituição de candidaturas de mulheres para a chapa de estadual.

22- As candidaturas já definidas precisam constituir de imediato um núcleo de coordenação de campanha e iniciar o planejamento até meados do mês de Fevereiro.

23- Todas as direções partidárias e seus respectivos dirigentes e lideranças devem focar o desafio eleitoral de 2018, em sintonia com o Comitê Estadual, como elemento central de nossa atuação desde já.

24- Na reunião seguinte deste Comitê devemos avançar no desenho de nosso projeto eleitoral.

Comitê Estadual do PCdoB/SP
São Paulo, 16 de dezembro de 2017.
Fonte: Vermelho/SP