Com quase 1 milhão de mortos por Covid, EUA critica esforço da China
O Departamento de Estado dos EUA instruiu os funcionários considerados não essenciais de seu consulado em Xangai a deixarem a cidade alegando “aplicação arbitrária de leis locais e de restrições anti-Covid”.
O Ministério das Relações Exteriores da China expressou “forte insatisfação” e seu “descontentamento e sua firme oposição às acusações infundadas de parte dos Estados Unidos sobre a política chinesa de controle da epidemia”.
O Ministério destacou que “a política de controle da epidemia da China é científica e eficaz”.
Os Estados Unidos preferem, conforme mostrou sua manifestação, que a China deixasse seus cidadãos morrerem de Covid-19 em nome da liberdade de andar pelas ruas sem máscara.
Não fosse a política de “Covid zero”, a China, que é o país mais populoso do mundo, seria também o maior cemitério do mundo.
Desde que o lockdown em Xangai e outras cidades foi iniciado, em 28 de março, nenhuma morte foi registrada. Mais de 38 mil profissionais de saúde do Exército chinês foram enviados para as regiões em que houve o surto de Covid-19 para participar do programa de testagem em massa, que atingiu todos os mais de 25 milhões de habitantes.
Nos Estados Unidos, morreram 2.961 pessoas para cada um milhão de habitantes. Na China, esse número é de 3 mortes para cada um milhão de habitantes. O número de mortes por milhão nos Estados Unidos é 987 vezes superior ao da China.
A China tem 1,4 bilhão de habitantes e 4,6 mil mortes pelo coronavírus, enquanto os Estados Unidos têm 329 milhões de habitantes e 985 mil mortes.
Caso a China tivesse feito o combate à Covid da mesma forma que os Estados Unidos, não utilizando as medidas que Washington qualifica agora de “arbitrárias”, e atingisse sua taxa de mortes por milhão, o país teria perdido 3,5 milhões de habitantes.