Drones israelenses despejaram produtos inflamáveis sobre um bosque próximo da fronteira com o Líbano

Israel lançou mais de 40 mísseis no último domingo contra 100 alvos em assentamentos no sul do Líbano, atingidos covardemente também com unidades de artilharia e tiros de helicóptero.

De acordo com o canal de TV libanês Al-Manar, drones israelenses despejaram produtos inflamáveis sobre um bosque próximo da fronteira, iniciando incêndios florestais que projetaram grossas colunas de fumaça.

Com eleições marcadas para o próximo dia 17 de setembro, Benjamin Netanyahu procura granjear popularidade com ações provocadoras contra o Líbano e em particular contra o partido Hezbollah, cuja força armada foi a coluna vertebral da resistência que expulsou as tropas invasoras israelenses em 2000, uma ocupação que começara em 1982, marcada pelo massacre de palestinos em Sabra e Shatila.

No último mês, caças israelenses têm feito incursões diárias no espaço aéreo libanês e voos rasantes na capital Beirute e na litorânea Sidon.

Não descansou até obter uma resposta. No domingo, dia 25 de agosto, fez explodir um drone ao lado do prédio onde está localizado o escritório de comunicações do Hezbollah, destruindo janelas e deixando uma das salas destruídas.

Em resposta às agressões, as forças libanesas dispararam mísseis antitanque contra posições militares no norte de Israel, atingindo de dois a três alvos.

Jornalistas que tentaram buscar mais informações sobre o despropósito israelense foram bloqueados por militares israelenses na fronteira.

Netanyahu já mobilizou milhares de soldados na fronteira norte com o Líbano. Em franco declínio, inclusive mediante quatro processos por corrupção, tenta assim ganhar votos com o usual recurso ao apavoramento pelo receio de guerra dos israelenses e aparecer como o mais capaz de defende suas fronteiras.

A possibilidade de uma guerra na região com mortes dos dois lados da fronteira não lhe mexe um músculo da face em seus frios cálculos da arquitetura criminosa pela sua manutenção no poder.