“Com mais sanções UE vai rumo a um beco sem saída”, afirma Zakharova
Em 21 de julho, o Conselho da UE anunciou a expansão de medidas restritivas unilaterais ilegítimas contra a Rússia. A UE continua se encaminhando para um beco sem saída com persistência invejável”, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, em resposta a mais um pacote de sanções russofóbicas baixadas por Bruxelas.
“No contexto da futilidade”, prosseguiu Zakharova ”da política de pressão de longo prazo sobre a Rússia, as consequências devastadoras do exercício de sanções da UE para vários segmentos da economia e da segurança globais, incluindo os estados membros da UE, estão se tornando cada vez mais evidentes”.
A porta-voz denunciou que “o Conselho da UE fez uma nova tentativa de se eximir da responsabilidade por ter provocado e agravado a crise alimentar e energética mundial”.
Sem levar em consideração as conseqüências para as economias de seus países membros, a União Europeia adotou esta quinta-feira o sétimo pacote de sanções anti-russas, segundo documento publicado no site do organismo.
As novas sanções reforçam os controles sobre as exportações de bens de uso duplo que podem contribuir para o “avanço militar e tecnológico” da Rússia, ao mesmo tempo em que amplia a proibição de acesso aos portos e também prevêem a proibição de comprar, importar, transferir direta ou indiretamente ouro de origem russa, incluindo o ouro que já foi exportado para a UE ou qualquer outro país. O mesmo se aplica às joias.
Além disso, o Sberbank, o maior banco da Rússia, foi incluído na lista de sanções.
Neste contexto, Zakharova assinalou que “a irresponsável política econômica e energética do Ocidente”, juntamente com a pandemia de Covid-19, são “as principais razões do aumento dos preços dos produtos agroindustriais e de hidrocarbonetos”.
“A situação é agravada pelas medidas anti-russas da UE que buscam abertamente minar as atividades econômicas externas de nosso país, inclusive no setor de agronegócios”, acrescentou.
A diplomata apontou que atualmente “os serviços de transporte, financeiros e de seguros estão severamente prejudicados e as cadeias de suprimentos são interrompidas” devido às restrições. “Os operadores econômicos e bancos ocidentais, pressionados por promessas de medidas duras por parte das autoridades supervisoras nos Estados membros da UE, estão atrasando as transações ou abandonando completamente os contratos”, alertou.