A pobreza cresceu no País sob a gestão Jair Bolsonaro e já atinge quase 63 milhões de brasileiros. Das 27 unidades da federação, nada menos que em 25 houve avanço na pobreza.

É o que aponta um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) divulgado nesta quarta-feira (29). A pesquisa, coordenada pelo economista Marcelo Neri, baseou-se em microdados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o levantamento, nos primeiros três anos de governo bolsonarista (2019, 2021 e 2021), 9,6 milhões de pessoas passaram a viver na pobreza, totalizando 62,9 milhões de brasileiros nessas condições. O número corresponde a 29,62% da população.

De acordo com critérios internacionais, era considerada pobre toda e qualquer pessoa que, no quarto trimestre de 2021, vivia com menos de R$ 497 per capita por mês. O valor leva em conta os preços praticados no Brasil no período.

Em 14 estados, o percentual de pobreza supera o patamar de 40% da população: Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%), Pernambuco (50,32%), Sergipe (48,17%), Bahia (47,33%), Paraíba (47,18%), Pará (46,85%), Amapá (46,80%), Roraima (46,16%), Ceará (45,89%), Piauí (45,81%), Acre (45,53%) e Rio Grande do Norte (42,86%).

Mesmo estados com taxas menores, o crescimento do número de moradores pobres foi expressivo. Em Rondônia, por exemplo, a pobreza disparou de 25,19% da população em 2019 para 31,65% em 2021. Em Minas Gerais, o índice, em dois anos, saltou de 20,94% para 25,25%.