A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, deu início nesta segunda-feira (20) à agenda de celebração dos 101 anos do Partido Comunista do Brasil. Em visita a Belo Horizonte (MG), Luciana – que também é ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação – participou de um ato promovido pelo PCdoB-MG na Escola Superior Dom Helder Câmara. A atividade contou com a presença de diversas entidades locais, além de representantes de partidos como PT, PV, PSB e PSD.

Segundo Luciana, o PCdoB, partido que está há mais tempo em atividade no País, “vem das comemorações vitoriosas de seu centenário”, em 2022. “Fomos saudados pelo campo democrático e progressista como uma legenda indispensável à democracia e ao país. O centenário evidenciou o legado dos comunistas à construção soberana do Brasil e à luta pelos direitos dos trabalhadores”, afirmou.  

Um dos desafios centrais da atualidade é contribuir para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “cumpra sua missão e seu programa de reconstruir o Brasil”, após os quatro anos do governo de destruição de Jair Bolsonaro. “O PCdoB, em particular, vai seguir sua plataforma programática e lutar pela realização de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento”, destacou a dirigente.

Ela lembrou que o PCdoB foi o primeiro partido a propor uma ampla frente democrática para fazer frente ao bolsonarismo. Na resposta aos atos golpistas de 8 de janeiro, essa frente se revelou ainda mais indispensável, com a união dos Três Poderes em defesa do Estado Democrático de Direito. “Precisamos derrotar a direita todos os dias, nas redes e nas ruas. Não podemos deixar de dar atenção ao que é crucial – a mobilização do povo”, concluiu Luciana.

Para o ex-deputado federal Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB-MG, a vitória de Lula nas eleições 2022 foi “fundamental” – mas não encerrou a polarização e as ameaças golpistas. “Mais do que nunca se faz necessária a presença do PCdoB nas lutas políticas do Brasil. Derrotamos Bolsonaro, mas temos que derrotar, agora, a concepção bolsonarista.”

O reitor da Escola Superior Dom Helder Câmara, Paulo Stumpf, declarou ser uma “honra” acolher uma importante atividade dos comunistas. “Nosso patrono, Dom Helder Câmara, era chamado de ‘o bispo vermelho’. Mas temos pelo PCdoB muita simpatia e muitas semelhanças, que vão além da cor”, afirmou Stumpf. “A causa da justiça social e da superação da desigualdade nos une.”

Os representantes políticos parabenizaram o PCdoB pelo aniversário, pela coerente trajetória de lutas e pela indicação ao Ministério da Ciência (MCTI). “O presidente Lula foi sábio em entregar ao PCdoB uma pasta que precisa de um olhar feminino e de um olhar que sabemos que o partido tem, por toda a contribuição que deu à democracia do nosso País”, disse o deputado estadual Professor Cleiton (PV-MG).

O também deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB-MG) reforçou que, com a presença dos comunistas na Ciência, Tecnologia e Inovação, o Brasil volta a priorizar a pesquisa e a indústria. “Queremos que Minas seja parte desta construção e vamos lutar para que verbas indenizatórias da tragédia de Mariana seriam destinadas ao ministério”.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD-MG), foi representado por Luzia Ferreira (PSD-MG), assessora responsável pela articulação política do governo municipal junto à Câmara dos Vereadores. “A luta pela democracia é permanente. Temos um grande desafio, que é incluir, preservar e ampliar direitos, sempre ouvindo e garantindo a participação social”, afirmou Luzia.

O 101º aniversário do PCdoB será comemorado em todos os estados, com atividades como atos políticos, sessões solenes e festas. A agenda em Belo Horizonte foi a primeira do curso das celebrações a contar com a presença de Luciana. Na visita a Belo Horizonte, a presidenta do PCdoB também participou de eventos na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais).