Com alta nos lucros de 29,9%, Bradesco fecha 372 agências e demite 853
Em meio ao agravamento da crise econômica devido à pandemia do novo coronavírus, o Bradesco demitiu 853 trabalhadores, no terceiro trimestre de 2020, ao mesmo tempo que obteve lucro líquido recorrente de R$ 5 bilhões de reais no mesmo período. No primeiro semestre de 2020, mesmo com pandemia, o banco ficou no topo da lista das companhias abertas com os maiores lucros na América Latina.
Segundo levantamento realizado pela Economatica, o Bradesco fechou o primeiro semestre com lucro líquido de US$ 1,257 bilhão (R$ 6,888 bilhões), superando o Itaú Unibanco, que teve ganho de US$ 1,246 bilhão (R$ 6,825 bilhões).
Ainda assim, o banco fechou 372 agências no terceiro trimestre, depois de já ter encerrado 311 unidades na primeira metade do ano.
O lucro do terceiro trimestre representa uma alta de 29,9%% na comparação com o segundo trimestre, quando o banco lucrou R$ 3,873 bilhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o valor representa uma queda de 23,1%, quando lucrou R$ 6,542 bilhões.
Segundo os dados da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, que avalia os impactos da pandemia (Pnad Contínua-Covid), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação da população economicamente ativa alcançou no mês passado 14%, o que representa 13,4 milhões de pessoas. Trata-se do nível mais alto de desemprego de todo o período de pandemia.