Colombianos na Av. Paulista em apoio à greve geral contra os ataques de Ivan Duque aos salários e às pensões e em repúdio à violência contra as lideranças populares

A comunidade colombiana voltou à avenida Paulista no domingo (24), levantando a voz e cartazes contra o presidente Iván Duque, a quem acusam de praticar um banho de sangue no país. Entoando “Fora Duque! Sim à paz e à vida”, os manifestantes bateram panelas e se somaram ao movimento mundial de solidariedade, que cobra um basta aos assassinatos de lideranças sociais, e que os recursos desviados para a guerra contra os setores populares sejam investidos na educação, na saúde e no emprego.

“Nossa mobilização é para exigir que se ponha fim à violência, para defender a vida das nossas lideranças sociais, moradoras das zonas rurais e dos bairros, homens e mulheres que vêm sendo abatidos por policiais e militares que não aceitam o processo de paz”, declarou Ivan Sanabria, estudante do mestrado no Instituto Cultural da USP.

Estudante de Relações Públicas, Rocio Navarro recordou que “a presença nas ruas de São Paulo, assim como em várias cidades do planeta, é uma resposta ao pacotaço do governo Duque, que corta direitos com a reforma trabalhista e que não investe em escolas e universidades”. “Há muita corrupção, com negociatas com empresas como a Odebrecht, que assaltam dinheiro do Estado para enriquecer uns poucos”, assinalou.

Para o professor de Direito, Pietro Alarcon, os manifestantes estão demonstrando a sua contrariedade ao pacotaço de Álvaro Uribe e Iván Duque, de submissão ao FMI, ao Banco Mundial e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). “É uma condenação ao cerceamento dos direitos dos trabalhadores e uma denúncia do processo de desmonte da já precarizada Previdência”, frisou.