Candidato a presidente em 1994, 1998 e 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que busca uma aliança de centro-esquerda e centro-direita para fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro. Essa união, “mais do que viável, é necessária”, declarou Ciro em entrevista ao UOL.

 

Para a esquerda chegar com mais chances de vitória em 2022, o ex-ministro propõe atrair a “política de centro”, que tradicionalmente se alia à direita no País. Foi uma resposta à declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Um dia antes, Maia disse que Ciro e outros nomes, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o apresentador de TV Luciano Huck, deveriam formar uma frente de centro nas próximas eleições.

 

“O futuro, do meu ponto de vista, pede o encerramento da ilusão neoliberal e a formulação, em um ambiente muito difícil e complexo, de um projeto nacional de desenvolvimento. Esse projeto, para ser viável, tem de tomar uma parte do centro político da sua tradicional relação umbilical com a direita”, afirmou Ciro.

 

O ex-governador cearense defendeu uma aliança entre PDT, PSB, Rede e PV para a travessia de um primeiro grande obstáculo, “com meus 15%, 14% [de intenções de votos]”, para depois se discutir a continuidade desse processo. Esta é sua aposta para derrotar Bolsonaro.

 

“O que vou fazer, à luz do dia, na frente de todos, é tentar capturar um pedaço de centro-direita para uma ampla aliança na centro-esquerda”, disse Ciro. “Se eu conseguir isso, vou ser o próximo presidente do Brasil. Se não, eu boto a viola no saco e vou ser um livre pensador.”

 

Com informações do Valor Econômico