Em resposta ao ataque do governo de Bolsonaro à Cultura e às repetidas tentativas de censurar manifestações artísticas e o cinema brasileiro, a Prefeitura de São Paulo anunciou a realização, entre os dias 17 e 31 de janeiro, do Festival Verão Sem Censura.
Peças de teatro, filmes, shows, videoclipes e até mesmo cartazes de filmes que tiveram sua exibição impedida, que foram censurados de forma direta ou indireta terão suas exibições garantidas no evento.
Diversos artistas que tiveram as obras dispensadas de apresentações em eventos promovidos ou apoiados pelo governo federal ou foram criticados por Jair Bolsonaro e seus seguidores serão apresentados nos 15 dias do festival, entre os dias 17 e 31 de janeiro, em vários equipamentos culturais da cidade de São Paulo.
O Festival conta com o apoio do prefeito da capital Bruno Covas, que vem se posicionando como contraponto às posições antidemocráticas de Bolsonaro. Em agosto, a peça Res-Publica, censurada pela Funarte, um órgão federal, foi convidada pela Prefeitura a se apresentar em São Paulo. Foi ai que nasceu a ideia de promover um festival com obras censuradas, criticadas ou que sofreram algum tipo de restrição, seja agora ou no passado, como é o caso da peça Roda Viva, que será apresentada no Theatro Municipal.
Festival
A banda russa Pussy Riot, o músico e poeta Arnaldo Antunes, o DJ Rennan da Penha, funkeiro que ficou preso acusado de associação ao tráfico, a atriz Deborah Secco e a ex-prostituta Raquel Pacheco, que escreveu o livro que deu origem ao filme ‘Bruna Surfistinha’, são alguns dos artistas que participam do Festival.
No total, são 45 atividades, entre shows, peças de teatro, filmes, debates, shows, exposições, performances e até blocos carnavalescos, antecipando a temporada de Carnaval de rua da cidade.
Toda a programação é gratuita e realizada em locais como o Theatro Municipal, Praça das Artes, Centro Cultural São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade e outros.