Ainda sob o impacto das fortes chuvas que atingiram a Bahia no final do ano e deixou um rastro de tragédia, com centenas de desabrigados, dezenas de mortes e mais de 800 mil pessoas atingidas, o governador do Estado, Rui Costa (PT), cobrou do governo federal celeridade no repasse de recursos “substantivos” para atender às vítimas.

“Ainda não recebemos um repasse substantivo de recursos do Governo Federal. Eu tenho tido contato com representantes do governo, há interesse, mas a burocracia é muito grande e acaba não sendo acessível o recurso. Há cidades devastadas e não dá para esperar os repasses chegarem”, escreveu Rui Costa nas redes sociais.

Durante a calamidade que atingiu o Estado em pleno final de ano, Bolsonaro estava curtindo férias em Santa Catarina, andando de jet ski e provavelmente se entupindo em festivos rega-bofes, demonstrando total desprezo pela vida e pelo povo, e ainda recusou a ajuda humanitária oferecida pela Argentina para auxiliar nos trabalhos de resgate das vítimas das enchentes.

Segundo o governador da Bahia, os R$ 200 milhões de crédito extraordinário prometido por Bolsonaro ao Estado, acabaram se transformando em R$ 80 milhões, destinados à região Nordeste, já que a portaria publicada no Diário Oficial da União, dividia o recurso entre Norte, Nordeste e Sudeste.

Após Rui Costa reclamar, em reunião ocorrida em dezembro, com os ministros João Roma (Cidadania), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos), que R$ 80 milhões eram insuficientes, o governo prometeu liberar mais recursos, e é isso que Rui Costa agora cobra urgência.

As enchentes que atingiram 174 municípios da Bahia deixaram 26 mortos, 28.224 desabrigados, 520 feridos e 73.032 desalojados, segundo dados da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec).