Chineses disseminam tecnologia agrícola para acelerar inovação
A interiorização da ciência e da tecnologia para incentivar a inovação, aumentar a produção e elevar a renda dos agricultores tem sido a prioridade do governo chinês para a superação da pobreza neste último período. É o que sustenta o informe da agência Xinhuanet, que aponta investimentos crescente no setor desde 2012.
Segundo a Xinhuanet, foi a comunidade científica e tecnológica chinesa ter recebido um expressivo reforço de 289.800 especialistas o que permitiu a implementação de 37.600 projetos em diferentes níveis, acelerando a qualidade e o ritmo da execução.
Na região de Wuyi, província de Zhejiang, no leste, foram estruturadas 20 linhas de produção em uma base de cultivo de fungos. Com a ajuda de cientistas agrícolas que beneficiaram mais de 90% dos agricultores da região, a melhoria da produção aumentou sua receita em mais de 100 milhões de yuans.
Na província de Hubei, no centro do país, uma nova tecnologia da Academia Chinesa de Engenharia conseguiu expandir o período de colheita das frutas, tornando a região Zigui uma das melhores áreas de produção de laranja. Somente essa tecnologia, comemoraram os agricultores, já aumentou em 30% a sua receita.
Outro exemplo vitorioso é a região de Panam, situada a 4.000 metros acima do nível do mar, em Shigatse, região autônoma do Tibete, no sudoeste da China, terras altas e de grande diferença de temperaturas onde foram introduzidas novas espécies de frutas e vegetais. Depois de anos de investimento, Panam agora abriga mais de 10.000 estufas, cobrindo uma área de plantio de 933 hectares onde são cultivadas 140 variedades que geram uma receita anual de 200 milhões de yuans. Os números positivos possibilitaram que, desde outubro de 2018, Panam tenha sido oficialmente removida da lista da pobreza.
Conforme o Ministério da Ciência e Tecnologia, com o compromisso de interiorizar o desenvolvimento, o governo chinês investiu um total de 2,14 bilhões de yuans desde 2014, priorizando dezenas de milhares de agricultores de minorias étnicas que moram em áreas empobrecidas e de fronteira.