Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Chiina, Xi Jinping: parceria estratégica

A China condenou as sanções ilegais unilaterais movidas pelos Estados Unidos e a União Europeia contra a Rússia e reafirmou que continuará a desenvolver normalmente a cooperação financeira com Moscou, declarou nesta quarta-feira (2) o chefe da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China (CBIRC) e número dois do Banco Central, Guo Shuqing.

“No que diz respeito às sanções financeiras, nós não as aprovamos, especialmente as sanções lançadas unilateralmente, porque elas não funcionam bem e não têm fundamento legal”, destacou Guo Shuqing, presidente da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China.

De forma enfática, Guo assegurou que o caminho é o diálogo e não a imposição. “Não participaremos de tais sanções. Continuaremos a manter as trocas econômicas e comerciais normais com as partes relevantes”, acrescentou.

O comércio entre os dois países tem crescido nos últimos anos, aumentando 35,9% no ano passado, alcançando um recorde de US$ 146,9 bilhões, segundo dados da China, com a Rússia servindo como estratégica fonte de petróleo, gás, carvão e commodities agrícolas e registrando superávit comercial com a China.

Respondendo ao pedido de ajuda das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk frente aos intensos ataques das tropas neonazistas ucranianas, a Rússia lançou em 24 de fevereiro uma “operação militar especial”.

Subordinados aos EUA/UE, vários países condenaram esta ação militar e anunciaram várias baterias de sanções. A União Europeia, por exemplo, proibiu aviões russos de usar seus aeroportos ou sobrevoar seus territórios, e também impôs a proibição de fornecer aviões comerciais e peças de reposição.

Na tentativa de asfixiar a economia russa, a UE proibiu o Banco Central da Rússia de realizar operações para administrar suas reservas e ativos. De acordo com o chefe da “diplomacia” europeia, Josep Borrel, graças a essa bateria de sanções cerca de metade das reservas financeiras do BC russo ficarão congeladas.

Conforme anunciado pelo Gabinete de Ministros alemão, alguns bancos russos serão sancionados e desconectados do sistema de pagamentos internacional, o Swif.

As autoridades russas, em resposta, proibiram as transportadoras europeias de sobrevoar o território russo e o Ministério das Finanças determinou que os exportadores vendam 80% de sua receita em moeda estrangeira.

O ministro das Finanças, Anton Siluanov, assegurou que o orçamento nacional permite alocar os recursos necessários para cobrir as despesas sociais, bem como capitalizar adicionalmente os bancos, caso haja necessidade.