A China afirmou nesta quinta-feira que 70% de sua população – o equivalente a mais de 1 bilhão de pessoas – já está totalmente vacinada contra a Covid-19. O número supera as marcas atingidas nos Estados Unidos e na Europa.

De acordo com Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde, a marca chinesa foi atingida quase dez meses após o país ter aprovado sua primeira vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela estatal Sinopharm. Outros seis imunizantes de farmacêuticas locais – entre elas a Coronavac, da Sinovac – estão sendo usados no país.

Apesar da alta taxa de vacinação, a China não dá sinais de que mudará a estratégia de “tolerância zero” de combate à Covid, mesmo com especialistas dizendo que essa tática pode afetar a recuperação econômica. Em agosto, por exemplo, houve desaceleração nas vendas no varejo, na produção industrial e em investimentos em ativos fixos não rurais, um importante termômetro da atividade da construção civil. É um indício de que a China continuará a priorizar a vida, e não a economia.

As autoridades de saúde estão agora lutando para controlar um surto iniciado na província de Fujian, no sudeste do país. A nova onda está sendo causada pela variante delta, mais transmissível do que a cepa original do vírus. Rígidas restrições e programas de teste em massa foram implementados em algumas das cidades de Fujian para detectar com rapidez novas infecções e impedir que o vírus se espalhe para outras províncias chinesas.

A nova onda de casos ocorre pouco depois de a China ter controlado um surto iniciado em Nanjing, o mais grave registrado no país desde a descoberta do vírus em Wuhan, em dezembro de 2019. O vírus escapou de Nanjing e se disseminou por várias regiões do país, forçando Pequim a adotar restrições mais amplas.

Com informações do Valor Econômico