O embaixador da China na ONU, Zhang Jun, afirmou que é “imperativo” que o Conselho de Segurança das Nações Unidas alivie as sanções contra a Coréia Popular, para “evitar uma reviravolta dramática” na situação na península coreana, que vem se delineando nas últimas semanas.

“É imperativo que este conselho tome medidas e invoque as disposições reversíveis nas resoluções relacionadas com a RPDC o mais rápido possível, à luz da situação em evolução na península e faça os ajustes necessários nas medidas de sanções”, disse Zhang ao conselho.

Depois de um ano sob sanções draconianas e sem qualquer flexibilização admitida por Washington, apesar de duas cúpulas Kim-Trump, um encontro na zona desmilitarizada e moratória em vigor de testes de armas nucleares e de mísseis balísticos, Pyongyang anunciou na semana passada que não se dispunha a mais “conversas vazias”, que só servem para “uso doméstico para as eleições de 2020”.

Está prestes a se esgotar o prazo – até o final do ano – estabelecido pelo presidente norte-coreano Kim Jong Un, em abril, para saída do atual impasse, em que os EUA se recusam a sequer aliviar as sanções, exigem o desarmamento nuclear prévio e unilateral da Coreia e não se comprometem efetivamente com um acordo de paz e normalização de relações.

A intransigência norte-americana viola a declaração de Cingapura, cuja essência era a criação de confiança entre os dois países através de medidas mútuas e passo a passo.

A reunião do CS foi realizada a pedido de Washington, depois que Pyongyang descartou novas reuniões do tipo em que os americanos chegam de mãos vazias, mas cheios de exigências e ameaças.

Rússia e China têm defendido na ONU que em particular as sanções que atingem os civis devem ser atenuadas, no interesse do direito humanitário e da diplomacia, o que é inclusive previsto nas resoluções que estabeleceram as sanções.