Até 2025, 60% dos postos de serviço de vias expressas do país terão estações de carga rápida

A China ampliará os serviços de recarga de veículos elétricos para atender à demanda prevista de 20 milhões desses veículos até 2025, de acordo com documento divulgado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), publicado na sexta-feira (21).

O país deve acelerar a implantação de uma rede avançada de instalações de recarga de baterias, de acordo com a diretriz da NDRC e outros nove departamentos governamentais.

Até 2025, 60% dos postos de serviço e abastecimento de vias expressas do país terão estações de carga rápida, e 80% das zonas piloto da atividade ecológica nacional em áreas-chave para prevenção e controle da poluição do ar serão equipadas de forma semelhante.

Todas as vagas fixas de estacionamento em novos bairros residenciais serão equipadas ou reservarão espaço para instalações de recarga, expressa o documento, enfatizando a necessidade de acelerar a construção e instalação de instalações em áreas residenciais. O programa também busca , melhorar as capacidades de recarga e troca de baterias em áreas urbanas e rurais, intensificar o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e adicionar mais vias expressas ao carregamento rápido da rede.

A China também fortalecerá os serviços de manutenção e internet para a implantação de novas instalações de recarga, garantirá um trabalho sólido na construção da rede e fornecimento de energia, aumentará a supervisão da qualidade e segurança e aumentará o apoio fiscal e financeiro para esta finalidade.

A diretriz aprovada sublinha a construção de uma rede de instalações de recarga em áreas rurais como parte integrante dos esforços de vitalização rural do país, a China espera equipar todos os municípios com estações de carregamento estendendo as facilidades para as aldeias do país.

Até agora, a China construiu cerca de 810.000 instalações públicas para carga, no entanto, mais de 70% delas estão em regiões como Guangdong e Xangai, enquanto muitos municípios e vilarejos ainda têm pouca infraestrutura de carregamento, de acordo com o relatório da NDRC.

No ano passado, as vendas de veículos desta nova energia aumentaram, na China, aproximadamente 160% em relação ao ano anterior, para 3,52 milhões de unidades, e a participação no mercado de veículos de energia nova aumentou para 13,4%, mostram dados da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

“As conquistas de inovação da indústria automobilística da China estão cheias de pontos positivos, e um grande progresso foi alcançado em eletrificação, redes e transformação e atualização inteligentes”, afirmou Fu Bingfeng, vice-presidente executivo e secretário geral da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis.

“Os veículos de nova energia da China entraram em um novo estágio de desenvolvimento acelerado”, constatou Fu, informando que em 2021, a taxa de penetração no mercado de veículos elétricos da China atingiu 8 pontos percentuais acima do ano anterior. “A meta de 20% e 40% de penetração de veículos elétricos em 2025 e 2030, respectivamente, provavelmente será alcançada antes do previsto”, avaliou.

Em 10 anos, a China poderá economizar mais de US$ 80 bilhões em custos anuais de importação de petróleo à medida que os veículos de nova energia se tornarem cada vez mais competitivos e se estabeleçam novas fontes de obtenção de energia, assinalou a Iniciativa de Seguimento do Carbono (CTI pela sigla de sua denominação em inglês (Carbon Tracking Initiative).

O custo de importação do petróleo necessário para alimentar um carro médio é 10 vezes o custo do equipamento solar necessário para alimentar um veículo elétrico, calculou a CTI.