Suprimentos médicos chineses chegam a Cuba

“Instamos os Estados Unidos a que prestem atenção ao apelo da comunidade internacional e levantem imediata e completamente as sanções e embargos contra Cuba”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, na quarta-feira (04), expressando sua firme oposição a qualquer tentativa do governo de Joe Biden de impor arbitrariamente sanções unilaterais e interferir nos assuntos internos de outros países sob o pretexto de uma suposta defesa da “liberdade”, “direitos humanos” e “democracia”.

“O bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos prejudica seriamente os esforços de Cuba para melhorar sua economia e a subsistência de seu povo, e atropela o direito dos cubanos ao desenvolvimento”, condenou o funcionário da Chancelaria chinesa, destacando que a maneira correta de agir é oferecendo apoio, em momentos da pandemia de Covid-19.

As autoridades de Pequim consideram que as recentes sanções contra instituições e funcionários da nação caribenha “violam gravemente as normas básicas que regem as relações internacionais” e, mais uma vez, expõem “os típicos padrões duplos e de assédio ao estilo norte-americano”.

Nesse sentido, destacou como exemplo a recente ajuda prestada pela China, México e “muitos países amigos” ao governo e ao povo cubano para combater a pandemia, promover o desenvolvimento econômico da ilha e manter a estabilidade social. No sábado, chegaram a Havana desde a China ventiladores pulmonares de alto desempenho para abastecer 30 hospitais, e um navio da marinha mexicana com 600 toneladas de alimentos, entre outras doações de países, partidos e entidades internacionais.

Na sexta-feira passada, o governo dos Estados Unidos anunciou novas sanções financeiras contra a Polícia Nacional Revolucionária (PNR) de Cuba e dois de seus dirigentes, por “reprimir os protestos pacíficos e pró-democráticos” que ocorreram na ilha em 11 de julho, medida rejeitada “energicamente “por Havana.

Agressão e desinformação

Em resposta a essa decisão, o chanceler cubano Bruno Rodríguez assinalou que estas “ações arbitrárias se somam à desinformação e agressão para justificar o bloqueio desumano” contra seu país.

Nas seis décadas que dura o bloqueio, essas medidas têm sido, como o presidente Díaz-Canel chamou, “injustas, criminosas e cruéis” – mas seu agravamento em plena pandemia, “é muito mais odioso, muito mais injusto, muito mais criminoso, muito mais covarde”.