Chefe da Força Aérea dos EUA: “o racismo precisa ser confrontado”
O general David Goldfein, chefe do Estado Maior da Força Aérea dos Estados Unidos declarou que “todo Americano deveria se sentir ultrajado pelo assassinato de George Floyd pela polícia”.
“É uma tragédia nacional”, acrescentou o general, em um memorando que distribuiu aos comandantes em todos os níveis da Força Aérea e no qual prosseguiu: “Todos queremos que o racismo não pudesse acontecer na América. Mas acontece e estamos em um momento em que isso precisa ser confrontado”.
“O que acontece nas ruas deste país também está presente em nossa Força Aérea. Algumas vezes está explícito, outras vem como subterfúgio, mas não estamos imunes ao espectro de preconceito racial, discriminação sistêmica e parcialidade inconsciente. Nós não vamos nos esconder disso; vamos fazer a nossa parte e confrontar isso cara a cara”.
“Vamos começar a conversa pelo reconhecimento de que temos valiosos aeronautas que vivem e trabalham por Uma Nação, Um Deus, indivisível, mas onde ainda há falta de liberdade e justiça para todos”, declarou ainda o general, que finalizou: “Vamos conversar sobre racismo, e sobre a Força Aérea, reconhecendo as mudanças que precisamos alcançar”, declarou, anunciando, no memorando, que organizará um debate sobre a questão do racismo na Força Aérea nos próximos dias.
O general acrescentou ao memorando um vídeo no qual conversa com um sargento da Força Aérea, Kalegh Wright, que é negro. No vídeo, Goldfain diz que “ficou chocado e triste com os eventos dos últimos dias” e acrescenta que disse a sua mulher depois de assistir a uma cobertura sobre as manifestações: “Nós provavelmente ainda não entendemos completamente isso”. Ao final do vídeo o general afirma que “a atual crise criou uma grande oportunidade para se discutir as questões de raça entre os militares”.
“Temos que parar de passar ao largo do problema”, diz ainda no vídeo distribuído, “estas conversações são difíceis, são duras, mas necessárias”.