Com a disparada nos preços de produtos básicos, cesta básica do paulistano está custando quase um salário mínimo. Segundo pesquisa do Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho a cesta básica na capital paulista atingiu R$ 1064,79. O salário mínimo é de R$ 1.100.

“O quadro é grave: estamos chegando no patamar do ‘elas por elas’, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o salário mínimo”, declarou Marcus Vinicius Pujol, diretor da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, responsável pela pesquisa.

Com os gastos da cesta básica comprometendo praticamente todo o salário do trabalhador, falta dinheiro para a conta de luz, o botijão de gás, o transporte, o aluguel e medicamentos.

Diante dessa tragédia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que está “tudo melhorando”.

A cesta básica paulistana inclui 39 produtos, além de alimentos, produtos de limpeza e higiene. O grupo Limpeza apresentou a maior variação, 1,46%. Alimentação teve alta de 0,40% e Higiene Pessoal de 0,25%. A variação no ano é de 5,65%.

De julho do ano passado – quando o preço da cesta era de R$ 871,48 – para julho desse ano o aumento foi de 22,18%.

“O quadro é grave: estamos chegando no patamar do ‘elas por elas’, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o salário mínimo”, declarou Marcus Vinicius Pujol, diretor da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, responsável pela pesquisa.

No mês passado, os vilões da cesta básica paulistana foram a carne de primeira, o café em pó, o frango resfriado inteiro, o leite de caixinha e o pão francês. De 39 itens pesquisados, mais da metade (21) teve aumento de preço.