As centrais sindicais divulgaram nesta quinta-feira (28) um manifesto em apoio à greve dos caminhoneiros, marcada para a próxima segunda, dia 1º de novembro.

Assinado pelas centrais Força Sindical, CTB, CUT, UGT, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical e Pública, o manifesto afirma que “os caminhoneiros, através das suas organizações, têm atuado para viabilizar as demandas e propostas há muito apresentadas e que não tem obtido retorno por parte do governo federal. Não só não há retorno como os problemas têm se agravado”.

“Nesse caso, a inflação se expressa na alta dos preços da energia elétrica e dos combustíveis que são de responsabilidade do governo federal que, mais uma vez, nada faz. Neste ano a gasolina já acumula um aumento de 74% e o diesel 65%. O impacto sobre os preços promove a carestia, como no caso do botijão de gás que custa em torno de R$ 100,00. A inflação anual já beira os 10%.”, ressalta a nota.

As centrais afirmam também que “a privatização da Petrobras, a desmobilização da produção nacional de refino de petróleo, a gestão voltada aos interesses de curto prazo dos acionistas e que não responde aos interesses do país e da nação, têm levado a esse descalabro no preço dos combustíveis com impactos nefastos para o custo de vida”.

O documento expõe também as principais reivindicações do movimento dos caminhoneiros:

Redução do preço do diesel e revisão da política de preços de Petrobras; Piso mínimo de frete; Retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição; Aprovação do novo Marco Regulatório de Transporte Rodoviário de Carga (PLC 75/2018); Criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).

“Por tudo isso as Centrais Sindicais apoiam o movimento dos caminhoneiros e convocam todo o movimento sindical a expressar sua solidariedade à essa luta que é de todos trabalhadores”.

Leia na íntegra:

Nota das Centrais Sindicais

Centrais Sindicais apoiam a pauta e a greve dos caminhoneiros

As Centrais Sindicais apoiam a mobilização nacional dos trabalhadores caminhoneiros,
que realizarão uma greve a partir do próximo dia 01 de novembro, em defesa de uma pauta de
interesse da categoria, cujas repercussões são de interesse de toda a classe trabalhadora.

Os caminhoneiros, através das suas organizações, têm atuado para viabilizar as
demandas e propostas há muito apresentadas e que não tem obtido retorno por parte do
governo federal. Não só não há retorno como os problemas têm se agravado.

Nesse caso, a inflação se expressa na alta dos preços da energia elétrica e dos
combustíveis que são de responsabilidade do governo federal que, mais uma vez, nada faz.

Neste ano a gasolina já acumula um aumento de 74% e o diesel 65%. O impacto sobre os preços
promove a carestia, como no caso do botijão de gás que custa em torno de R$ 100,00. A inflação
anual já beira os 10%.

A privatização da Petrobras, a desmobilização da produção nacional de refino de
petróleo, a gestão voltada aos interesses de curto prazo dos acionistas e que não responde aos
interesses do país e da nação, têm levado a esse descalabro no preço dos combustíveis com
impactos nefastos para o custo de vida.

A pauta dos caminhoneiros que, entre outros pontos, destaca:
• Redução do preço do diesel e revisão da política de preços de Petrobras;
• Piso mínimo de frete;
• Retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição;
• Aprovação do novo Marco Regulatório de Transporte Rodoviário de Carga (PLC 75/2018);
• Criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015).

Por tudo isso as Centrais Sindicais apoiam o movimento dos caminhoneiros e convocam
todo o movimento sindical a expressar sua solidariedade à essa luta que é de todos
trabalhadores.

São Paulo, 28 de outubro de 2021.

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
José Gozze, Presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta