Candidato popular Gustavo Petro é o novo presidente da Colômbia
“Hoje é um dia de festa para o povo colombiano. Que festeje a primeira vitória popular. Que tantos sofrimentos se amorteçam na alegria que hoje inunda o coração da Pátria”, declarou o candidato Gustavo Petro da coalizão Pacto Histórico ao saber da vitória no segundo turno que o tornou presidente eleito da Colômbia.
A chapa Gustavo Petro/Francia Márquez obteve 50,44% dos votos válidos (11.281.002), 3,13% a mais do que os 47,31% votos ao candidato direitista Rodolfo Hernández (que já se pronunciou admirador de Hitler).
Petro dedicou a vitória “a Deus e ao povo e sua história” e acrescentou: “Hoje é o dia das ruas e das praças”.
O candidato do Pacto Histórico enfrentou uma das formações de direita mais apodrecidas do continente com Iván Duque na Presidência que desconheceu os acordos de paz com os rebelados da guerrilha em um processo de recrudescimento das chacinas de líderes sindicais, populares e camponeses.
Em uma atitude vergonhosa, o terceiro colocado e o governo atual na Colômbia apostaram suas fichas no admirador de Hitler tornando a disputa mais acirrada.
No segundo turno houve um ligeiro aumento no comparecimento às urnas 57,88% contra 54,91% no primeiro turno, no qual Petro suplantou também o candidato governista, Federico Gutierrez, que acabou ficando com a terceira posição e, portanto, fora da disputa no segundo turno.
O presidente atual Iván Duque e o candidato derrotado reconheceram a vitória de Petro.
Duque declarou ainda que convida Petro a um encontro na sede do governo, Palácio Nariño, para entregar informações governamentais e preparar os trâmites para a transmissão de poder.
No seu primeiro pronunciamento, Petro pediu a libertação dos manifestantes presos desde o levante social de 2021 até os detidos durante a campanha presidencial.
“Minha vitória mostra que a paz é possível na Colômbia”, agregou Petro que dedicou sua vitória aos “sonhos de justiça e liberdade”.
A eleição de Petro vem na sequência de uma série de vitórias das forças populares contra candidatos direitistas, na Argentina, Chile, Bolívia e México. As próximas eleições ocorrem no Brasil onde as forças opositoras trabalham para resultado igualmente vitorioso.