Boric tem 32% da preferência do eleitorado chileno; Kast, de extrema-direita, tem 27%

Uma nova pesquisa divulgada na quarta-feira (3) coloca o candidato à presidência do Chile pela frente progressista Aprovo a Dignidade, Gabriel Boric, com 32% do eleitorado, cinco pontos percentuais acima dos 27% do da extrema-direita José Antonio Kast.

Conforme a agência Data Influye, em terceiro lugar está a candidata democrata-cristã Yasna Provoste, com 13%; seguida pelo governista, Sebastián Sichel; Franco Parisi, que segue nos Estados Unidos, apenas fazendo campanha via Internet, tem 8%.

Quanto à intenção de voto, a pesquisa aponta que 86% dos entrevistados votarão “com absoluta certeza”, apesar do Chile se destacar por não ultrapassar 50% de participação desde que o voto foi tornado voluntário em 2012.

Na dianteira para as eleições de 21 de novembro, após apresentar febre e tosse na tarde de terça-feira (2), o deputado e ex-líder estudantil foi informado de que estava contaminado pelo coronavírus e que deverá cumprir uma quarentena de dez dias.

“Recebi o teste PCR com resultado positivo e estamos em contacto com a equipe da Secretaria Regional Ministerial de Saúde (Seremi) para a rastreabilidade”, declarou Boric em sua conta no Twitter. “Peço àqueles de nós que compartilham estes dias que sigam todos os protocolos indicados para contatos próximos”, conclamou Boric ao comunicar os resultados.

Representante de uma Frente Ampla, com a participação do Partido Comunista, Boric esteve, na segunda-feira (1º), em debate presidencial organizado pela Universidade do Chile, ao lado de Provoste, Sichel e do progressista Marco Enríquez-Ominami. Na terça, participou de outro debate em que esteve também Kast. Por esse motivo, os candidatos suspenderam seus atos de campanha e permanecem confinados.

No total, sete presidenciáveis disputam a cadeira de Sebastián Piñera – incriminado até a medula junto com seus filhos pelas denúncias dos Pandora Papers e as bilionárias contas em paraísos fiscais.

Participarão das eleições 15 milhões de chilenos, que também renovarão o Congresso Nacional e os 16 Conselhos regionais.