O médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido)

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu por unanimidade fazer uma representação solicitando a cassação do mandato do vereador Dr. Jairinho (Sem partido), principal suspeito de assassinar o menino Henry Borel, de 4 anos.

Na tarde desta segunda-feira (26) os sete membros do conselho de reuniram e, após cerca de 2h30 de discussões, entenderam que Jairinho cometeu quebra de decoro.

Jairinho e a professora Monique Medeiros, mãe do menino e companheira do vereador, foram presos em 8 de abril por suspeita de assassinar a criança.

Quebra de decoro

Segundo o vereador Alexandre Isquierdo (DEM-RJ), presidente do Conselho de Ética, diversos elementos do inquérito demonstram a quebra de decoro.

“O fato por si só é quebra de decoro. A representação está muito fundamentada, se baseia no inquérito do delegado. Várias situações configuram quebra de decoro. A gente está se baseando na perícia, nos testemunhos, na própria atitude do vereador de tentar burlar algumas testemunhas. Isso já é suficiente para a representação”, argumentou.

Agora, a representação será entregue à mesa diretora da Câmara, que tem três dias úteis para analisar o documento. Depois segue para a Comissão de Justiça e Redação, onde será avaliada a adequação da representação às leis e ao regime interno da casa.

Isquierdo estima que em 70 dias o processo deve estar pronto para ser votado em plenário.