A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, cobrou justiça para os Yanomami, nesta terça-feira (3) pelas redes sociais, diante dos graves ataques que os indígenas vêm sofrendo de garimpeiros e grileiros e da omissão do governo de Jair Bolsonaro.

“Cadê os Yanomami? Depois da denúncia de que garimpeiros teriam jogado uma criança no rio e estuprado uma menina de 12 anos, uma comunidade yanomami foi incendiada e não se sabe o paradeiro de, pelo menos, 20 indígenas”, ressaltou Luciana.

A presidenta salientou ainda que “Bolsonaro paralisou as demarcações de terras e dá passe livre a garimpeiros e grileiros, estimulando a barbárie em territórios protegidos”.

Ela acrescentou que “nossos povos originários estão acuados, ameaçados por um governo que transformou o país em terra sem lei. Não é possível. Queremos justiça!”.

Cadê os Yanomami?

A manifestação de Luciana soma-se às de diversos outros atores sociais, entre políticos, artistas e lideranças de várias áreas, que têm questionado as autoridades a respeito do que vem acontecendo a essa população indígena. A hashtag “Cadê os Yanomami” foi criada como forma de pressionar para que haja investigação sobre os crimes cometidos e para que providências sejam tomadas em defesa dos direitos indígenas.

Após o relato da morte de uma menina Yanomami que teria sido estuprada por garimpeiros que exploram ilegalmente suas terras em Aracaçá, Roraima, a comunidade foi encontrada queimada e não havia ninguém. A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou, nesta terça-feira (3) requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE) criando uma diligência externas para acompanhar as medidas de combate ao avanço do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

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Por Priscila Lobregatte

Com agências